
Ou seja, as urnas repartiram a França praticamente ao meio. Para reunificar o país, Sarkozy terá de rebolar. Em 2005, pouco antes da convulsão que tomou conta dos subúrbios parisienses, Sarkozy referiu-se à juventude rebelde como “racaille” –ralé, em português.
Neste domingo, horas depois da divulgação do resultado da eleição, a “ralé” voltou a rugir. Enquanto partidários de Sarkozy festejavam o triunfo, jovens simpáticos a Ségolène confrontaram-se com a polícia. Portavam bastões e pedras.
A periferia de Paris também voltou a arder. Contabilizaram-se cerca de 100 carros incendiados. O número cresce para 140 quando contabilizadas também os veículos incinerados em outras cidades.
Filho do casamento de um imigrante húngaro com uma francesa de origem greco-judaica, Sarkozy é feroz inimigo dos imigrantes. Quando ocupou o ministério do Interior, baixou draconianas para deter a imigração ilegal. Incluíam a deportação.
Com a vitória do centro-direitista Sarkozy, George Bush ganhou um novo aliado na Europa. Além de Bush, o novo presidente da França é admirador declarado do primeiro-ministro britânico Tony Blair.
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