Em reunião realizada na manhã desta terça-feira (29), o PSOL decidiu solicitar à Comissão de Ética do Senado a abertura de uma investigação contra Renan Calheiros (PMDB-AL). O objetivo é apurar a quebra de decoro parlamentar, que pode levar à perda de mandado do presidente do Congresso.
A presidente do PSOL, ex-senadora Heloisa Helena (AL), telefonou há pouco para o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP). Informou acerca da decisão do partido. A representação será a primeira peça a ser analisada pelo conselho de ética, que toma posse nesta quarta-feira (30), em sessão presidida por Tuma.
“Nós levantamos todos os indícios de abuso das prerrogativas asseguradas ao parlamentar e crimes contra a administração pública”, disse Heloisa Helena ao blog. “Há indícios de que o senador pode ter incorrido em tráfico de influência, intermediação de interesses privados, exploração de prestígio e recebimento de vantagens indevidas. Tudo isso é incompatível com decoro parlamentar e pode levar à perda do mandato. Queremos que seja tudo apurado”.
O PSOL pede em sua representação a apuração dos dois casos em que se viu enredado o presidente do Congresso: o relacionamento de Renan com a Gautama e seu proprietário, Zuleido Veras; e a acusação de que um funcionário da Mendes Júnior, Cláudio Gontijo, teria bancado despesas pessoais do senador.
Segundo Chico Alencar (RJ), líder do partido na Câmara, o PSOL pretende representar também contra outros congressistas encrencados na Operação Navalha: “Vamos buscar as informações necessárias para levar adiante outros pedidos.” Luciana Genro (PSOL-RS), também presente à reunião, afirmou que o PSOL tentará organizar manifestações que mobilizem a sociedade. Único modo, disse ela, de romper com o corporativismo que impera no Congresso. - Josias de Souza
terça-feira, 29 de maio de 2007
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