A Operação Navalha deflagrada ontem pela Polícia Federal é o principal assunto do dia, presente em quatro das seis manchetes nobres de hoje, e promete ainda muito barulho nos próximos dias: até o momento, 46 pessoas estão presas sob a acusação de integrar uma quadrilha especializada em desviar dinheiro público por meio de fraudes em licitações de obras do governo. A lista de detidos inclui peixes gordos e bagrinhos. O preso mais graúdo é o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares (PSB). Depois dele, o assessor do Ministério das Minas e Energia Ivo Almeida Costa, o deputado distrital Pedro Passos (PMDB-DF), dois sobrinhos do atual governador maranhense, Jackson Lago (PDT), o filho do ex-governador do Sergipe, João Alves Neto, os prefeitos de Camaçari, Bahia, do PT, e de e Sinop,Mato Grosso, do PSDB, secretários de três Estados, autoridades federais e empresários. Todos, segundo a investigação da polícia, orbitavam em torno da empreiteira baiana Gautama, palavra indiana que significa “a melhor vaca”, de onde partiram operações ilegais em nove Estados (Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, São Paulo) e no Distrito Federal. De acordo com a Polícia Federal, a máfia se apropriava de recursos públicos usando a construtora como ponta-de-lança, fosse para obter aprovação até o pagamento das obras, fosse para conduzir licitações. Suas ações identificadas até agora passam por projetos como o Luz para Todos, de saneamento e na construção de estradas e pontes. Segundo O Globo - também Correio Braziliense, Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo abrem com o assunto -, a máfia tinha intenções de também fraudar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal projeto do segundo mandato do governo Lula. - DeFato
sexta-feira, 18 de maio de 2007
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