quinta-feira, 17 de maio de 2007
Para Mantega, crescimento do PIB justificou revisão
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, convocou uma entrevista na tarde de ontem só para comentar a revisão da S&P. Para ele, a elevação da nota foi “o reconhecimento de que o Brasil é um país que está crescendo mais de 4%”, e quando a economia doméstica atingir expansão média de 5% ao ano, como prevê e anseia o Programa de Aceleração do Crescimento, a obtenção do selo de grau de investimento pelas agências de avaliação de risco será ‘inevitável’, acredita o ministro. Mas nem tudo é festa. O derretimento do dólar continua recheando muita polêmica entre analistas, economistas e jornalistas especializados em assuntos econômicos. Como comparação de argumentos opostos de articulistas respeitados, recomenda-se fortemente a leitura dos textos assinados por Celso Ming e Luís Nassif. Otimista, Ming escreve: “Se o presidente Lula não fizer nenhuma grande besteira na economia, a nova qualidade deve ter efeitos positivos. Não é só o financiamento externo que fica mais barato. Como a economia do País fica mais confiável, mais investimentos tenderão a chegar e, é claro, a entrada maior de moeda estrangeira deve derrubar mais o câmbio. (Ontem, o dólar acentuou sua queda para R$ 1,953.) Mais à frente, também a Selic (juros básicos) deverá mergulhar”. Na mão contrária, Nassif contesta a assertiva de que a valorização do real é o preço a ser pago pela melhora nos indicadores: “Apreciação ou desvalorização cambial não é um dado absoluto, que afeta todas as moedas. Se uma moeda está se apreciando, é em relação a outra moeda que se desvalorizou. É evidente que desvalorizar ou valorizar moedas depende basicamente da maneira como a política econômica atua sobre os fatores de influência no câmbio”. - DeFato, hoje.
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