Permanece ainda incerto e bastante difícil o desfecho sobre o caso do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, apontado pelas investigações da Polícia Federal como suspeito de ter recebido, no ministério, R$ 100 mil de propina do empresário Zuleido Veras, dono da Construtora Gautama.
O ministro não apareceu até o início da tarde no Ministério e pode ter um encontro ainda nesta terça-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, na reunião de coordenação política desta manhã, determinou ao ministro da Justiça, Tarso Genro, continuar com as investigações, "doa a quem doer".
No próprio PMDB, a permanência ou não de Rondeau no cargo divide opiniões. Enquanto o senador José Sarney (PMDB-AP), principal padrinho de Rondeau, defende sua saída, os senadores Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR) querem que ele continue no cargo para se defender das acusações.
Tecnicamente, a avaliação é de que não há provas de que o ministro tenha realmente recebido propina. Politicamente, no entanto, a situação de Silas Rondeau é vista como bastante complicada, agravada pelo fato de ele não ser um político. Fora do cargo, Silas perderia ainda o foro privilegiado do Supremo Tribunal Federal, dado a ministros de Estado.
Além disso, uma possível saída de Silas Rondeau abalaria o PMDB, que corre o risco de perder um de seus representantes na Esplanada dos Ministérios. Na segunda-feira, pelo menos três nomes do PT já circulavam como prováveis sucessores de Silas Rondeau: Jorge Samek, presidente da Itaipu; Valter Cardeal, presidente da Eletrobrás, e Marias das Graças Foster, presidente da BR Distribuidora. - Agência Estado
terça-feira, 22 de maio de 2007
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