Os estudantes que ocupam há 22 dias a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) decidiram na manhã desta quinta-feira, 24, que vão continuar no prédio, apesar da decisão da Justiça que determinou, mais uma vez, a reintegração de posse nesta quinta. O sindicato dos trabalhadores da universidade também teve nova assembléia nesta quinta e decidiu que vai manter a greve.A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, e foi uma resposta do pedido de adiamento da reintegração feito pelo Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo - Sintusp. A decisão também determinou que caso os estudantes continuem na reitoria, terão de pagar multa diária de R$ 10 mil.
Em um ato simbólico, funcionários da USP e estudantes deram um "abraço" no prédio da reitoria, que foi ocupado no dia 3 de maio. A concentração de estudantes começou a aumentar por volta das 10 horas na reitoria, eles estavam mobilizados já que havia a possibilidade de uma invasão da Polícia Militar.
Os estudantes também resolveram que vão manter a posição anterior e não vão negociar com representantes da PM. Eles alegam que a ocupação em prol de interesses da sociedade e de todo o sistema de ensino. Além disso, dizem que negociam apenas com a reitoria, já que as reivindicações dizem respeito à USP.
Ocupação
A ocupação de estudantes na reitoria da USP já dura 22 dias, e recebeu apoio dos professores da universidade, que decidiram em assembléia na manhã de quarta-feira, 23, entrar em greve. O documento aprovado na assembléia pede ainda que a Polícia Militar se afaste das negociações entre estudantes e reitoria.
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