quarta-feira, 9 de maio de 2007

Aborto contrapõe governo e igreja

"Na véspera da chegada do papa, dois ministros, José Gomes Temporão (Saúde) e Nilcéia Freire (Mulheres), criticaram a Igreja Católica e grupos religiosos pela "agressividade" e tentativa de "censurar" o debate sobre o aborto. O presidente da CNBB, d. Geraldo Majella, acusou o governo de promover a promiscuidade no país.
Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que o aborto é uma questão de saúde pública. Sobre o posicionamento dos líderes católicos, afirmou: "Eu acho que a Igreja tem, primeiro, autonomia e idade pra tomar as decisões que melhor lhe convenha", disse Lula em São José (SC).
Seus ministros concordam, mas criticam a maneira como a igreja tem discutido o assunto.
"É um tema que deve ser tratado com delicadeza. Não tenho percebido isso em alguns setores da Igreja, que fizeram declarações muito agressivas e distantes dos ensinamentos de Jesus", disse Temporão à rádio CBN. "Não é possível ignorar que milhares de mulheres se submetem a esse procedimento e as pessoas digam que nada está acontecendo." Folha de S.Paulo, hoje.

"A visita de cinco dias do Papa Bento XVl, que chega hoje, às 16h30m, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, mobiliza investimento de R$ 13,5 milhões, concentração de 3.600 jornalistas credenciados para cobrir os eventos, além de 20 mil homens trabalhando na segurança da comitiva. A estimativa dos organizadores é que cerca de dois milhões de pessoas compareçam aos eventos onde o Papa estiver, entre a capital paulista e Aparecida. Dois mil agentes de trânsito também foram solicitados, e pelo menos cinco mil voluntários ligados à Igreja Católica trabalharão na organização.
Há pelo menos dois meses, os governos municipal, estadual e federal abriram os cofres para preparar a recepção em São Paulo. Do total previsto para ser gasto apenas na cidade, R$ 4 milhões foram divididos entre governos estadual (R$ 1,2 milhão), municipal (R$ 1,2 milhão) e federal (R$ 1,6 milhão). O investimento inclui, por exemplo, montagem de palco, transporte e contratação de pessoal. A Arquidiocese de São Paulo bancará, com dinheiro arrecadado dos fiéis, despesa de R$ 1,5 milhão. O Globo, hoje.

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