segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Sarkozy diz apoiar Brasil em vaga de conselho da ONU

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, declarou nesta segunda-feira apoiar a candidatura do Brasil a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Falando na abertura da 15ª conferência de embaixadores da França, em Paris, opresidente francês apresentou diretrizes da política externa de seu governo.

Sarkozy afirmou que a reforma das Nações Unidas, iniciada em 2005, "está no bom caminho", mas que "falta vontade política para concluí-la, sobretudo em relação à ampliação necessária do Conselho de Segurança".

O presidente defendeu que o número de membros permanentes, atualmente de cinco (França, EUA, Grã-Bretanha, Rússia e China) seja ampliado com "Alemanha, Japão, Índia, Brasil e uma representação justa da África".
Sarkozy também defendeu a idéia de que o G8, grupo de países mais ricos do mundo mais a Rússia, se transforme em G13, incluindo Brasil, China, Índia, México e África do Sul.

Para Sarkozy, além de uma maior colaboração na área econômica, a ampliação do G8 também deve ocorrer para permitir o reforço da cooperação entre países industrializados e emergentes na luta contra o aquecimento global.

"O G8 deve continuar sua lenta transformação", disse. Segundo ele, o diálogo com os líderes das potências emergentes deve ser institucionalizado e merecer um dia inteiro durante as reuniões do G8.

"A proteção de nosso planeta torna indispensável o reconhecimento de responsabilidades comuns, mas diferentes, da parte das potências emergentes", afirmou Sarkozy.
O presidente francês também apontou o que considera dois dos principais desafios do século 21. O primeiro é impedir que ações extremistas de grupos como a rede Al-Qaeda levem a um confronto entre o Islã e o Ocidente.

O segundo, que diz respeito ao Brasil, é integrar na nova ordem mundial países "gigantes" como a China, a Índia e o Brasil.

Sarkozy disse que estes países são "motores do crescimento mundial", que podem causar "graves desequilíbrios".
"Eles querem que seu status seja reconhecido, mas sem estar sempre dispostos a respeitar regras que são do interesse de todos", disse. - BBC Brasil

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