quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Governo descarta apagão, mas admite déficit em 2011

O governo minimizou ontem a possibilidade de um apagão de energia nos próximos anos, mas reconheceu que existe um "buraco" de 1.400 megawatts (MW) médios para atender o mercado em 2011 e estimou em até 5,9% o risco de desabastecimento das regiões Sudeste e Centro-Oeste naquele ano - percentual acima do nível máximo de 5%, considerado como margem de segurança para a operação do sistema."Até eu fiquei estarrecido com isso", afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. Ele acrescentou, porém, que esse cenário é para uma expansão mais acelerada da economia - de 4,8% ao ano - e partindo do pressuposto de que nenhum megawatt será contratado no leilão de ajuste do ano que vem, para suprir a demanda de 2011. "O que não é factível", emendou Tolmasquim.Tolmasquim e o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, adotaram um discurso de que recentes estudos divulgados pela iniciativa privada, apontando risco bem maior de um apagão, são uma estratégia de "terror" para aumentar preços e não devem ser levados a sério. - Valor Econômico, hoje.

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