Déficit em transação corrente de julho mantém saldo no ano cinco vezes superior a 2006

O crescimento de 35% nas importações brasileiras em julho em relação ao mesmo período de 2006 fez com que o saldo de transações correntes, pela primeira vez desde janeiro do ano passado, tenha ficado negativo. O déficit registrado foi de US$ 717 milhões, o pior desde abril de 2004, quando a soma resultou negativa em US$ 754 milhões. As exportações em julho cresceram bem menos que as importações: 3,7%. Segundo os dados do Banco Central, a conta contou ainda com a pressão dos gastos em viagens ao exterior – o saldo da conta turismo foi negativo em US$ 415 milhões, o maior desde outubro de 1998 -, das remessas de lucros e dividendos ao exterior e do pagamento de juros da dívida externa. A renda enviada ao exterior no mês de julho somou US$ 3,19 bilhões, 64,18% maior, reproduz a Gazeta. Os dados do Banco Central mostram, entretanto, que, no ano, o balanço de pagamentos mantém-se superavitário em US$ 7,6 bilhões no mês passado, elevando o resultado acumulado do ano para US$ 69,263 bilhões, mais de cinco vezes superior ao resultado acumulado em igual período do ano passado - US$ 12,077 bilhões. Já o investimento estrangeiro somou US$ 3,584 bilhões em julho. Com tal resultado, a soma no ao alcança US$ 24,448 bilhões, quantia superior aos US$ 18,782 bilhões de todo o ano passado e 172,5% acima dos US$ 8,971 acumulados entre janeiro e julho do ano passado. A previsão para este ano é de US$ 25 bilhões. DeFato