segunda-feira, 17 de março de 2008

ONG VAI AO MP CONTRA O PIG

A ONG "Movimento dos Sem Mídia" protocola nesta segunda-feira, dia 17, uma representação no Ministério Público Federal contra o alarmismo da mídia ao noticiar uma suposta epidemia de febre amarela no Brasil.
O presidente da ONG Eduardo Guimarães disse em entrevista ao Conversa Afiada que o objetivo é que o MP investigue o papel dos meios de comunicação na divulgação de casos de febre amarela (aguarde o áudio).
"Vamos pedir ao Ministério Público que investigue a nossa teoria. Estamos oferecendo elementos para eles, que é o noticiário, vídeos de programas e telejornais, matérias de jornal. E estamos pedindo ao Ministério Público que investigue", disse Guimarães.
Segundo Eduardo Guimarães os principais focos da representação são: Organizações Globo, Grupo Estado, Grupo Folha, Editora Abril, Correio Braziliense, Jornal do Brasil, Veja e IstoÉ.
Guimarães disse que a imprensa deu uma repercussão exagerada aos casos de febre amarela e provocou um alarmismo entre a população. Segundo ele, essa postura da mídia provocou pelo menos uma morte.
"Essa pessoa não iria viajar para nenhuma área de risco, tinha um organismo incompatível com a vacina e, assustada pelo noticiário alarmista... De fato houve um alarmismo reconhecido pelo ombudsman da Folha de S. Paulo, reconhecido até pela própria Folha de S. Paulo, num editorial dizendo que a hipótese de epidemia tinha sido magnificada pela mídia", disse Guimarães.
Guimarães comparou o episódio da febre amarela deste ano com a epidemia que ocorreu em 2000. Segundo ele, naquele ano o Ministério da Saúde confirmou 85 casos e 40 mortes causadas pela febre amarela. "E você nota que lá atrás não foi feito alarmismo nenhum. E hoje foi feito uma verdadeira guerra na imprensa, dizendo que haveria essa epidemia", disse Guimarães.
Eduardo Guimarães disse que se a investigação do MP provar que a imprensa provocou um alarmismo na população, a ONG "Movimento dos Sem Mídia" vai pedir, na Justiça, o ressarcimento do erário público, que gastou com vacinas e atendimento hospitalar a pessoas que tiveram problemas causados pela vacina. - PHA, Conversa Afiada.

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