quarta-feira, 27 de junho de 2007
Sibá deixa Conselho de Ética e embola processo contra Calheiros
Embolou de vez o processo de quebra de decoro parlamentar, no Conselho de Ética do Senado, contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ontem á noite, depois de ser pressionado pelo PMDB a colocar hoje em votação o relatório que recomenda o arquivamento do processo, o presidente do conselho, senador Sibá Machado (PT-AC) entregou o cargo com a argumentação de que o processo havia sido contaminado por pressões políticas. Agora, sem relator e sem presidente, a comissão não tem como trabalhar. A paralisia beneficia a estratégia do grupo pró-Calheiros de estender o caso sem qualquer definição até meados de julho, quando começa o recesso parlamentar. Mas a renúncia de Siba Machado também desfavorece Calheiros: ela evidencia que o PMDB e o PT, os dois maiores partidos da base do governo no Senado, não seguem a mesma partitura. Calheiros ganha por um lado e perde por outro, mas, na pior das hipóteses (para ele) tem a seu favor a votação secreta do plenário – no caso do Conselho de Ética votar pela cassação de seus direitos políticos, embora a solidariedade dos colegas já não seja tão sólida como quando seu caso com a jornalista Mônica Veloso veio a público. Ontem, após reunião de sua Executiva Nacional, o Partido Democratas (DEM) oficializou o pedido para que ele se afaste da Presidência do Senado, enquanto o processo estiver em andamento. Renan Calheiros refuta. Diz que não sai e apela compaixão aos colegas, dizendo-se vítima de um “esquadrão da morte moral” e que o Congresso está sendo alvo de “pressão da imprensa”. Este é o enredo de três das manchetes principais do dia – Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo – que abrem suas primeiras páginas para a decisão de Siba Machado. Todos os textos sublinham que a desistência de ontem à noite é a terceira renúncia - a quarta, de Valdir Raupp (PMDB-MT) não é considerada, pois ele desistiu antes mesmo de assumir a relatoria do processo. - DeFato
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