segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Cristina Kirchner confirma favoritismo e será nova presidente da Argentina

Virtualmente eleita, Cristina Kirchner é a próxima presidente da Argentina. Pela segunda vez, o principal parceiro do Brasil no continente e no Mercosul, terá uma mulher no comando da Casa Rosada, a sede do poder presidencial. Antes dela Isabelita Perón, casada à época com Juan Domingos Perón governou o país vizinho quando o marido faleceu no poder, durante os conturbados anos que antecederam a instalação de uma das mais violentas ditaduras que marcaram a América Latina na última metade do século passado. Dois dos seis mais influentes jornais brasileiros – Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo – antecipam a vitória da senadora e mulher do atual presidente, Néstor Kirchner, em uma eleição marcada pelo desinteresse do eleitorado e por sua característica plebiscitária. Ambos os jornais antecipam o resultado da pesquisa de boca-de-urna – confirmado pelas agências de notícias durante a madrugada: Cristina Kirchner foi eleita com 44,10%. Com 86,5% das urnas apuradas, a segunda colocada, Elisa Carrió, com 23,24% dos votos válidos, também comparece ao noticiário dizendo que “aceita qualquer resultado”. Segura da vitória nas urnas, Cristina Kirchner não esperou pela oficialização dos resultados e ontem à noite, por volta das 23h30, fez seu primeiro discurso como presidente eleita. Entre os desafios que Cristina têm pela frente estão o controle da inflação – recaem dúvidas sobre o indicador oficial de preços, com acusações de ser manipulado –, escassez energética e preços das tarifas congeladas, que assim estão durante os últimos seis anos. Cristina é considerada autoritária pelos críticos. A Argentina precisa voltar ao mercado internacional de financiamento, mas, antes, precisa dar respostas concretas aos credores internacionais vítimas de calote.

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