quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Lula fala na ONU sobre etanol, quebra de barreiras comerciais e ambiente
O discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na Assembléia Geral da ONU, é o destaque do dia. O presidente brasileiro abriu a lista de pronunciamentos, como tradicionalmente ocorre, tratando de preservação ambiental, biocombustíveis e redução das tarifas alfandegárias impostas pelos países ricos aos produtos agrícolas dos países pobres. O Estado de S. Paulo e O Globo abrem a primeira página destacando dois pontos distintos da fala de Lula. O Estado frisa que “Lula diz na ONU que o etanol não produz fome”, remetendo a relação feita pelo presidente entre a produção de biocombustíveis, a preservação ambiental e a produção de alimentos. Os três temas alinham adversários distintos ao redor do mundo, de ambientalistas europeus que apontam a expansão da cultura de cana-de-açúcar como ameaça à preservação da Amazônia, aos presidentes de Cuba, Fidel Castro, e da Venezuela, Hugo Chávez, que vêem a produção de biocombustíveis como submissão dos países pobres às necessidades dos ricos. No O Globo, o título “Lula anuncia na ONU novo plano contra desmatamento” remete para o tom “enfático” do presidente na defesa da combinação do desenvolvimento social e da preservação ambiental para a redução das desigualdades, tanto no âmbito interno dos países quanto nas relações internacionais. “Lula foi enfático na defesa da transformação da matriz energética mundial na direção dos biocombustíveis e no uso desta oportunidade para a redução do desequilíbrio econômico entre as nações”, reproduz o jornal, emendando ao destaque as duas propostas apresentadas pelo presidente. “A primeira foi o anúncio de que o Brasil terá um Plano Nacional de Enfrentamento às Mudanças Climáticas, cujos pontos centrais serão a ampliação do combate ao desmatamento e a proteção da Amazônia”, descreve O Globo. “A outra proposta é internacional: a realização, em 2012, de uma nova Conferência Mundial sobre Meio Ambiente, que Lula chamou de ‘Rio+20’”. - DeFato
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