quarta-feira, 26 de setembro de 2007

A moça do Jazz

Madeleine Peyroux (Athens, 1974) é uma cantora de jazz nascida na Georgia que escreve e interpreta suas proprias composições e letras. É especialmente lembrada por seu estilo vocal, que em muito lembra o estilo da cantora Billie Holiday.
Peyroux nasceu no estado americano da Geórgia, mas viveu também no sul da Califórnia, na cidade de Nova Iorque e em Paris. Começou a cantar com quinze anos de idade, quando descobriu os artistas de rua do boêmio Quartier Latin, em Paris. Ela integrou o grupo The Riverboat Shufflers, primeiro passando o chapéu, e então, depois, cantando. Aos 16 anos, passou a fazer parte dos The Lost Wandering Blues and Jazz Band, grupo com o qual passou dois anos em turnê pela Europa, interpretando canções de estrelas do Jazz como Fats Waller, Billie Holiday, Ella Fitzgerald, entre outros, dando base às interpretações de seu primeiro álbum, Dreamland.

“TROPA DE ELITE” É “F” DE FARSA

. O filme “Tropa de Elite” não é “fascista”, como disse Arnaldo Bloch, no Globo.
. É “f”, mas de Farsa, Fraude, Fantástico.
. A PM não é assim.
. O Bope não é assim.
. A favela não é assim.
. A PUC não é assim.
. O Rio não é assim.
. Nem o livro “Elite da Tropa” é assim.
. O filme é a cópia pirata do livro.
. O livro é a denúncia da corrupção da Polícia do Rio.
. Mas, não, apenas, de um comandante de batalhão da PM.
. O livro denuncia a corrupção do Secretário de Segurança – a cúpula mesmo da segurança do Estado -, que se articulava com a estrutura de poder do Rio.
. Por acaso, um chefe da Polícia Civil do Rio é, neste momento, suspeito de cometer os mesmos crimes do Secretário de Segurança de “Elite da Tropa”, depois de fisgado numa operação da Polícia Federal.
. (Isso, quando a Polícia Federal era, de fato, Republicana.)
. Mais cedo ou mais tarde, este chefe da Polícia Civil de verdade vai ter que se acertar com a lei.
. Em “Tropa de Elite”, a corrupção fica lá embaixo na hierarquia, não chega a ameaçar a reputação da elite da Polícia (ou da elite, de maneira geral).
. O filme trata de uma corrupção pé de chinelo.
. O argumento central do filme fica abaixo da linha da pobreza da criatividade: um oficial do Bope está para ser pai, entra em parafuso e procura um substituto ... É isso.
. O resto é bala.
. Porém, a favela não é o que “Tropa de Elite” diz que é.
. A favela é um lugar onde moram pobres e famílias de classe média.
. Que trabalham nas nossas casas com dignidade e vontade de subir na vida.
. No Rio – diferente de São Paulo -, a gente vê a favela e o favelado cara a cara.
. A PUC não é de cheiradores de cocaína nem de maconheiros.
. (Cheiradores de cocaína e maconheiros há em outras comunidades ali perto da PUC, de que o filme não trata.)
. A PM tem corruptos, como tem a Associação Comercial do Rio (e de São Paulo).
. O Bope tem torturadores, como houve nas Forças Armadas do Brasil.
. E nas Polícias do país afora.
. E em Nova York também.
. A cena de “Tropa de Elite” em que se ameaça enfiar um cabo de vassoura no ânus de um suspeito negro aconteceu na vida real, numa delegacia sob o comando de Rudy Giuliani, nos tempos em que ele era o “Adolf” Giuliani...
. O Rio não é assim.
. Tanto não é que o Rio resolveu enfrentar o tráfico como tem que ser: o Estado reassume o controle físico da área controlada pelos traficantes, e, em seguida, chegam as obras sociais de reintegração da área ao conjunto da sociedade.
. Isso é o que acontece hoje no Rio.
. O filme é a exploração de um tema que Fernando Meirelles e a novela “Vidas Opostas” da Record já exploraram com mais qualidade.
. O filme se sustenta sobre duas farsas:
. Sobre o estereótipo do Rio.
. Ou seja, a tentativa de colar no Rio a imagem de uma cidade sem lei e sem alma.
. E, por isso – é a outra farsa -, só tem conserto com policiais sádicos, torturadores e facínoras, como os “heróis” do BOPE.
. Nascimento, Matias e Neto são revestidos de heróis, mas, coitados, de tão angustiados, merecem a nossa comiseração, malgrado seus "defeitos” e “excessos”.
. O sucesso de “Tropa de Elite” se deve, também, ao fato de recorrer à solução autoritária que está ao alcance da elite de hoje: o contingente policial honesto, porém mau.
. Isso é o que está aí, na prateleira, à disposição dos que se vestem de branco, “pela paz”, e saem pela praia de Ipanema, cansados de violência.
. Não é o fascismo, que saiu da prateleira.
. “Tropa de Elite” corteja também certo sentimento pessimista, que se aloja na elite branca - o “não tem mais jeito”, “o Brasil acabou”, “o Brasil é isso que está aí”, “o Brasil perdeu a chance de ser decente”.
. Sentimento que, em última análise, só encontra saída na ausência de saída: no autoritarismo das “milícias” vestidas de Bope.
. Os “heróis” de “Tropa de Elite” são os mesmos militares torturadores que salvavam as nossas famílias e a nossa civilização da ameaça comunista.
. Agora, nos salvam dos narcotraficantes.
. Num e noutro caso eles são apenas isso: torturadores que um dia enfrentarão a lei e o repúdio de uma sociedade civilizada.
. Não são eles que vão nos salvar e a nossas famílias do tráfico.
. Eles merecem ir para a cadeia, com os marginais que perseguem.
. A saída serão políticas sérias, de homens públicos sérios, policiais sérios.
. O resto, como dizia Caetano Velloso antes de entrar para a Globo, é bom para “a lente do Fantástico”. - Paulo Henrique Amorim em "Conversa Afiada"

Walfrido Mares Guia diz que não deixa o cargo, mesmo que seja denunciado pelo procurador-geral

A Folha de S.Paulo projeta na primeira página a declaração de inocência do ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, com relação ao seu envolvimento nas primeiras operações do publicitário Marcos Valério, em 1998, para a campanha de reeleição do então governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), que atualmente ocupa uma cadeira no Senado. O foco do jornal é o ministro. Segundo a reportagem, Guia não cogita afastar-se do ministério, “mesmo que seja denunciado pela Procuradoria Geral da República no inquérito que apura o esquema do valerioduto mineiro”. “Denúncia não é culpa”, diz o ministro ao jornal, “após receber a solidariedade de seus colegas do Planalto e de políticos da base aliada no Congresso”. “Já informei o presidente que estou seguro da minha inocência, mas também disse que se estiver prejudicando o governo não serei nenhum empecilho. Se eu for denunciado, vou me defender, desse direito eu não abdico". O jornal traz ainda que, segundo relato que “ouviu”, a documentação reunida pela Polícia Federal não seria suficiente para incriminá-lo, “a não ser que surja um fato novo”. A reportagem dá a entender que essas informações foram passadas por “um ministro que participou da reunião”. - DeFato

Lula fala na ONU sobre etanol, quebra de barreiras comerciais e ambiente

O discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na Assembléia Geral da ONU, é o destaque do dia. O presidente brasileiro abriu a lista de pronunciamentos, como tradicionalmente ocorre, tratando de preservação ambiental, biocombustíveis e redução das tarifas alfandegárias impostas pelos países ricos aos produtos agrícolas dos países pobres. O Estado de S. Paulo e O Globo abrem a primeira página destacando dois pontos distintos da fala de Lula. O Estado frisa que “Lula diz na ONU que o etanol não produz fome”, remetendo a relação feita pelo presidente entre a produção de biocombustíveis, a preservação ambiental e a produção de alimentos. Os três temas alinham adversários distintos ao redor do mundo, de ambientalistas europeus que apontam a expansão da cultura de cana-de-açúcar como ameaça à preservação da Amazônia, aos presidentes de Cuba, Fidel Castro, e da Venezuela, Hugo Chávez, que vêem a produção de biocombustíveis como submissão dos países pobres às necessidades dos ricos. No O Globo, o título “Lula anuncia na ONU novo plano contra desmatamento” remete para o tom “enfático” do presidente na defesa da combinação do desenvolvimento social e da preservação ambiental para a redução das desigualdades, tanto no âmbito interno dos países quanto nas relações internacionais. “Lula foi enfático na defesa da transformação da matriz energética mundial na direção dos biocombustíveis e no uso desta oportunidade para a redução do desequilíbrio econômico entre as nações”, reproduz o jornal, emendando ao destaque as duas propostas apresentadas pelo presidente. “A primeira foi o anúncio de que o Brasil terá um Plano Nacional de Enfrentamento às Mudanças Climáticas, cujos pontos centrais serão a ampliação do combate ao desmatamento e a proteção da Amazônia”, descreve O Globo. “A outra proposta é internacional: a realização, em 2012, de uma nova Conferência Mundial sobre Meio Ambiente, que Lula chamou de ‘Rio+20’”. - DeFato

CPI da TVA

Está sendo proposta CPI para investigar a compra da TVA pela Telefônica. Segundo o deputado Wladimir Costa declarou à Agência Estado, a operação fere a legislação do setor de telecomunicações, a lei do consumidor e a soberania nacional. A Telefônica teria comprado a totalidade das ações da TVA, mas declarou à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) ter adqurido apenas 19,9%, segundo declarou à Agência Estado.Segundo a AE, o requerimento foi assinado por 182 deputados, número suficiente para que a CPI seja criada. Dependerá apenas do presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT).Ao analisar o pleito da Abril, nesta segunda, é importante que os conselheiros da Anatel se aferrem expressamente à lei. O que for legal, que seja concedido. Se não for legal, estarão sujeitos à ação da CPI e do Ministério Público. - Luis Nassif

Manchetes do dia

- Jornal do Brasil: "Vou responder à bala"
- Folha de S. Paulo: Walfrido afirma inocência e diz que fica no ministério
- O Estado de S. Paulo: Lula diz na ONU que o etanol não produz fome
- O Globo: Lula anuncia na ONU novo plano contra desmatamento
- Correio Brasiliense: Entorno já na mira da tropa de elite
- Valor Econômico: INSS muda regra e cria passivo para empresas
- Estado de Minas: Queimadas dobram em Minas

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Imagem do dia

Hyde Park

MELLO DESAFIA MP E POLÍCIA FEDERAL

Pela segunda vez, o Ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal, desafiou a Polícia Federal, o Ministério Publico e a Justiça Federal e mandou soltar os presos pela PF na Operação Furacão.
. Inclusive três bicheiros apanhados duas vezes em atividades “delitivas”, como gosta de dizer o Ministro, que usa uma linguagem que, definitivamente, não deve ser imitada, nem por advogados.
. A decisão de Mello, nesta segunda feira, dia 17, é uma declaração de guerra à Justiça Federal, ao Ministério Publico e à Polícia Federal: Quem manda aqui sou eu! Não me venham com “provas”! Eu decido e mais ninguém.
. Trata-se, claramente, de uma reação radical à tentativa da Justiça Federal, do Ministério Público e da Polícia Federal de rever a decisão anterior de Mello de soltar os suspeitos.
. As decisões do Ministro Mello (herói da mídia conservadora e golpista!) desmoralizam o Judiciário e corroem a relação Justiça-Ministério Publico-Policia Federal em que se sustentam a lei e a ordem.
. Já como Presidente do Tribunal Superior Eleitoral ameaçou diversas vezes – com o apoio e o aplauso da mídia conservadora (e golpista!) – revogar a vontade popular e impedir a posse do Presidente Lula.
. Mello não se arrepende da decisão de conceder o habeas corpus que deu a Salvatore Cacciola o direito de torrar o dinheiro do contribuinte brasileiro em Roma, diante do Coliseu.
. Ele, Cacciola, é o leão e nós, os cristãos ...
. O Ministro Mello é uma ameaça permanente à estabilidade das instituições republicanas.
Em tempo: será que o Ministro Mello se sentiu atingido pela decisão da Interpol em Monte Carlo de tirar do tumulo a carcaça de Cacciola? E reagiu à altura, com a libertação dos 13 da Operação Furacão? - Conversa Afiada - Paulo Henrique Amorim.

Juros para pessoa física caem para 7,25% ao mês

Pesquisa de juros realizada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), aponta que a taxa de juros média geral para pessoa física, que estava em 7,28% ao mês (132,39% ao ano) em julho, foi reduzida para 7,25% ao mês (131,62% ao ano) em agosto. Trata-se da menor taxa de juros média da série histórica avaliada pela associação. - Valor Econômico, hoje.

Mantega abre negociações sobre CMPF e admite cobrança menor já em 2008

Outro ministro presente no noticiário é o da Fazenda, Guido Mantega, abrindo a temporada das negociações para aprovação da prorrogação da CPNF no Congresso. Ontem, ele admitiu que alíquota de 0,38% da contribuição poderá ser reduzida já no ano que vem. A proposta oficial, que deverá enfrentar os maiores obstáculos no Senado, segundo o ministro, prevê mecanismo de redução da alíquota mediante a publicação de Medidas Provisórias. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, anunciou que a votação do plenário da Câmara poderá ocorrer na semana que vem.

Número de municípios com acesso à internet cresce 178%

Mais provedores de internet, mais lojas de discos e DVDs, mais videolocadoras e menos livrarias. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem o Suplemento de Cultura da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), que traça um perfil cultural das cidades do País.
Os municípios com provedores de internet aumentaram 178% no período de sete anos. Estavam presentes em 16,4% dos municípios em 1999, primeiro ano da pesquisa, e atingiram 45,6% em 2006. O número de cidades onde há lojas de discos e DVDs cresceu 73,8% em relação ao mesmo período, chegando a 59,8% dos municípios. Aqueles com videolocadoras subiram 28,3% - a presença foi ampliada para 82% das cidades. Também aumentaram os municípios com museus (+41,3%), teatros ou salas de espetáculos (+54,7%) e bibliotecas públicas (+16,8%). Mas houve queda de 15,5% no número de cidades com livrarias no mesmo período. Isso não significa, para o IBGE, que esteja ocorrendo necessariamente redução da venda de livros porque “o comércio se diversificou para bancas, supermercados e para a internet”. - O Estado de S.Paulo, hoje.

Lula pode receber Renan Calheiros; presidente tentará convencer aliado a se licenciar

De volta ao Brasil, Lula tem hoje agendada a possibilidade de encontro com o senador Renan Calheiros, alvo de quatro representações por quebra do decoro parlamentar, e principal motivo, segundo os partidos de oposição, da desmoralização do Senado. Na semana passada, enquanto Lula estava em viagem, Calheiros escapou do primeiro processo de cassação, mas continua no alvo da imprensa, do PSDB e do DEM. Os dois maiores partidos da oposição recusam-se a votar a CPMF enquanto ele permanecer na presidência do Senado. A expectativa é a de que Lula consiga convencer Renan Calheiros a se licenciar do cargo. Nesta semana, o Conselho de Ética votará o relatório da segunda representação contra Calheiros. Avaliação de senadores da oposição e da base aliada minimiza o perigo desta representação, que tem como prova reportagem da revista Veja. A terceira representação, com denúncia do uso de “laranjas” para ocultar controle sobre uma emissora de rádio, é a mais consistente. A quarta representação ainda não foi formalizada.

Manchetes do dia

- Jornal do Brasil: Polícia prende polícia
- Folha de S. Paulo: 52 PMs são presos, acusados de ligação com o tráfico no RJ
- O Estado de S. Paulo: Blitz prende 52 PMs ligados a traficantes
- O Globo: Ligados ao tráfico, 52 PMs do mesmo batalhão são presos
- Correio Brasiliense: Bebida e carro, dupla fatal para jovens no DF
- Valor Econômico: Indústria ganha eficiência energética no pós-apagão
- Estado de Minas: Perigo no trânsito de BH
- Jornal do Commercio: Trânsito - Três mortos por dia

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Desemprego tem maior queda em 10 anos e renda sobe, diz IBGE

A Pnad 2006 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), pesquisa mais abrangente feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para tratar de mercado de trabalho, aponta que a taxa de desemprego no Brasil registrou em 2006 a maior queda em dez anos. Já a renda dos trabalhadores atingiu o mesmo patamar de 1999. Mesmo assim, a pesquisa mostra que o país ainda reduz de forma lenta o retrato da distribuição de renda.
O presidente do IBGE, Eduardo Nunes, afirmou que apesar das melhorias nos indicadores, acelerar a distribuição de renda ainda constitui o maior desafio do país. Ele também citou a ampliação de acesso à rede de água e esgoto e a maior ampliação da formalização no mercado para aumentar a parcela de trabalhadores que contribuem para a Previdência.
Segundo a Pnad, a taxa de desemprego no país ficou em 8,5% em 2006 após atingir 9,4% no ano anterior. No entanto, ela ainda é superior à marca de 1997, quando atingiu 7,8%. A renda dos trabalhadores aumentou 7,2% em 2006 frente a 2005 --trata-se do maior crescimento desde 1995. Entre 2004 e 2005, ela já tinha subido 4,6%.
O IBGE cita o aumento do salário-mínimo de 13,3% frente a 2005 como um dos principais fatores para o aumento do poder de compra dos trabalhadores.
O Nordeste foi a região em que todas as classes de rendimento tiveram aumento do poder de compra, diz a pesquisa. Nas demais regiões houve aumento da renda, mas em extratos de menor poder aquisitivo. Segundo a pesquisadora Marcia Quintslr, o efeito mais forte no Nordeste pode ser resultado indireto de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, que movimentam a economia, embora não influam diretamente nos rendimentos.
Na comparação com 2005, a taxa de desemprego caiu em quase todas as regiões. Uma das exceções ficou com o Maranhão em que subiu de 6,2% para 7,0%.
De acordo com Cimar Azeredo, gerente da Pnad e da PME, a queda do desemprego era esperada. "Em 2005 houve uma recuperação e, em 2006, uma solidificação do mercado de trabalho, que está absorvendo mais e mostrando maior qualidade do emprego", disse. - Folha Online

Música da tarde

A Rita - Zeca Pagodinho; ouça aqui
Zeca Pagodinho, nome artístico de Jessé Gomes da Silva Filho, (Rio de Janeiro, 4 de fevereiro de 1959) é um cantor e compositor brasileiro, filho de Iréia e Jessé. Sua primeira gravação foi em 1981, com a canção "Camarão que dorme a onda leva", de sua autoria e de Arlindo Cruz, a partir do convite de sua madrinha Beth Carvalho.

DORNELLES: O DISCURSO QUE SALVOU RENAN

O senador Francisco Dornelles foi secretário da Receita Federal e Ministro da Fazenda.
. Ele entende de Fisco e sabe fazer política.
. Ele não apenas é sobrinho de Tancredo Neves.
. Ele se chama Dornelles e Getúlio Vargas se chamava Getúlio Dornelles Vargas.
. O senador carioca é também sobrinho-neto de Vargas.
. Ele fez o discurso que deu a base técnica para os que queriam absolver Renan Calheiros.
. Para aqueles que QUERIAM absolver.
. Não trato daqueles que não sabiam o que queriam: como o senador Aloísio Mercadante.
Paulo Henrique Amorim

. Leia a íntegra do discurso do senador Dornelles, que, apesar do que diz a mídia até hoje, estava do lado que ganhou:

Senhor Presidente, Senhoras Senadoras e Senhores Senadores O Senado vai se pronunciar, hoje, sobre matéria de grande relevância. O Senado não vai julgar hoje a pessoa de Renan Calheiros, suas simpatias, suas antipatias, suas alianças, sua atuação política. O Senado vai julgar um Senador da República, que poderá ter o seu mandato cassado em decorrência de determinadas acusações. Em outras palavras, o Senado vai julgar se as acusações apresentadas contra um Senador da República têm consistência que justifique a cassação de seu mandato. A acusação que figura no processo do Senador Renan Calheiros consiste na premissa de que os recursos que ele entregou à Jornalista Mônica Velloso, mãe de uma filha sua, eram fornecidos por uma empresa de serviços, por intermédio de um de seus empregados. Então o que é que aconteceu? A empresa de serviços declarou que não fornecia nenhum recurso ao Senador Renan Calheiros. O empregado da empresa de serviços declarou que os recursos que levava à Jornalista Mônica Velloso pertenciam ao Senador e que ele, simplesmente, os levava à Jornalista porque era amigo comum de ambos. O Senador afirma que os recursos eram de sua propriedade. A Jornalista, em momento algum, questionou sobre a origem dos recursos. Assim sendo, não há, até então, nenhuma prova de que os recursos entregues à Jornalista Mônica Velloso não pertenciam ao Senador Renan Calheiros. Entretanto, o que entendeu o Conselho de Ética? O Conselho de Ética entendeu que o Senador Renan Calheiros não tinha renda nem patrimônio suficientes para fornecer à Jornalista Mônica Velloso os recursos que lhe eram entregues. Senhoras Senadoras e Senhores Senadores O Conselho de Ética entendeu, na prática, que o Senador cometeu crime contra a ordem tributária. Mas acontece que um crime dessa natureza somente pode ser tipificado no âmbito do Processo Administrativo Fiscal, conduzido pela Secretaria da Receita Federal, conforme tramitação prevista em legislação própria. De acordo com essa legislação, abre-se o processo com uma intimação ao contribuinte para apresentar esclarecimentos. Se os esclarecimentos não forem satisfatórios, lavra-se um auto de infração para lançamento dos tributos cabíveis. Lavrado o auto de infração, o contribuinte tem o direito de impugnar a exigência, em primeira instância, perante as Delegacias de Julgamento da Receita Federal. Sendo-lhe adversa a decisão de primeira instância, o contribuinte poderá apresentar Recurso Voluntário ao Conselho de Contribuintes e, eventualmente, Recurso Especial à Câmara Superior de Recursos Fiscais. Somente após a decisão desfavorável de segunda instância é que a exigência fiscal se torna definitiva. Em outras palavras, o lançamento fiscal só se conclui após esgotados os recursos próprios do contraditório e da ampla defesa. Foi afirmado pelo Conselho de Ética que a Polícia Federal desacreditou documentos apresentados pelo Senador Renan Calheiros. Foi afirmado, também, que o Senador mentiu sobre sua capacidade patrimonial. Senhoras Senadoras e Senhores Senadores Essas informações e esses documentos deveriam ter sido enviados à autoridade competente, Secretaria da Receita Federal, para serem anexados ao Processo Administrativo Fiscal, examinados e apurados. Senhoras Senadoras e Senhores Senadores Vamos imaginar a seguinte situação. O Senado cassa o mandato de um Senador, com base no pressuposto de ter, ele, cometido crime contra a ordem tributária, sem abertura do competente Processo Administrativo Fiscal. Amanhã, a Secretaria da Receita Federal, órgão encarregado de apurar esse tipo de crime, no processo próprio, conclui que o Senador não cometeu crime contra a ordem tributária. Como ficaria o Senado? Senhoras Senadoras e Senhores Senadores O Senado, na decisão que hoje vai tomar, não pode se afastar da ordem jurídica, nem personalizar o assunto. E qual o problema específico? Cabe ao Senado decidir se existem provas de que os recursos entregues pelo Senador Renan Calheiros à Jornalista Mônica a ele não pertenciam. Nenhuma prova foi apresentada nesse sentido. A empresa de serviços afirmou que os recursos eram do Senador, o amigo comum do Senador e da Jornalista, funcionário da empresa, afirmou que os recursos eram do Senador Calheiros. O próprio Senador afirmou que os recursos eram dele, a Jornalista nada contestou. Em que se baseou o Conselho de Ética para pedir a cassação do mandato do Senhor Renan Calheiros??? Baseou-se em que o Senador não teria patrimônio e renda suficientes para arcar com aquelas despesas. Só que, quem pode dizer se o Senador Renan Calheiros tinha renda e patrimônio, se podia ou não arcar com as despesas realizadas, é a Secretaria da Receita Federal, através de um Processo Administrativo Fiscal, que nunca foi sequer aberto. Como ficaria o Senado se, cassado o mandato do Senador Renan Calheiros com base em crime por ele cometido contra a ordem tributária, fosse ele amanhã absolvido pela Secretaria da Receita Federal? Esses pontos, Senhores Senadores, é que têm que ser considerados num momento tão importante. Nós não podemos personalizar, não estamos julgando a figura do Senhor Renan Calheiros. Nós estamos julgando se existem provas concretas para cassação do mandato de um Senador eleito.

Oposição quer que Lula convença Calheiros a se licenciar

De volta as manchetes principais, a aglutinação de senadores em torno da operação-padrão tem como alvo a decisiva votação da prorrogação da CPMF. A extensão da cobrança da contribuição, segundo a previsão comum de vários colunistas políticos, não encontrará grande dificuldade para passar pela Câmara dos Deputados, onde a o governo conta com maioria folgada na base de apoio. No Senado, não. Para esses senadores, a saída da crise gerada pelo caso Renan Calheiros passa pela aprovação da CPMF. Com essa pressão, esses senadores pretendem forçar o governo (leia-se Lula) a empenhar-se no convencimento a Calheiros de que o melhor, para todos, é que ele se afaste da chefia do Senado. Do contrário, a prorrogação da CMPF, com ou sem a redução gradativa do percentual de cobrança, não será votada. “Discute-se na oposição, especialmente no PSDB, uma saída para a crise do Senado e a aprovação da CPMF”, diz o Valor. “Em troca da prorrogação do imposto do cheque, o governo concordaria com o afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado. A oposição também apoiaria a eleição, para o cargo, de um senador mais identificado com o Palácio do Planalto, desde que não excessivamente carimbado como governista, como a senadora Ideli Salvati (PT-SC), por exemplo”. - DeFato

Cartões de crédito faturam R$ 128 bilhões no ano, alta de 20%

A indústria de cartões de crédito deverá fechar setembro com faturamento acumulado de R$ 128,5 bilhões desde janeiro, ou 20,2% a mais do que no mesmo período do ano passado, segundo o estudo mensal do Banco Itaú. A estimativa aponta faturamento de R$ 182,5 bilhões neste ano, 21% acima do resultado de 2006. O número de cartões em circulação chegará a 89 milhões ao final de setembro, o que significa acréscimo de 13 milhões de cartões nos últimos 12 meses, concentrados em 30 milhões de consumidores brasileiros, de acordo com a média estabelecida pelo estudo de 2,9 cartões por cliente.

Imagem do dia

"Che Guevara" é uma das imagens mais conhecidas do fotógrafo suíço René Burri. É o retrato de Che Guevara, então com 35 anos, fumando um charuto em seu gabinete de ministro da Indústria, em Havana, em 1963.
De acordo com o fotógrafo, em oito rolos de filmes, não há sequer uma foto em que Che Guevara estivesse olhando para suas lentes. "Ele fazia um gênero de quem não estava suportando a minha presença. Ignorou-me completamente, talvez porque eu estivesse com uma americana."
Em reflexão sobre sua carreira, Burri afirma não lamentar as fotografias que não fez. Aliás, diz que se orgulha de várias fotos que deliberadamente não fez. Nunca gostou de fotografar miséria, pessoas mortas ou em situação constrangedora.

Manchetes do dia

- Jornal do Brasil: Ainda existe ética
- Folha de S. Paulo: Renan diz que fica na presidência
- O Estado de S. Paulo: Senado pressiona, mas Renan resiste a se licenciar do cargo
- O Globo: Oposição bloqueia Senado até afastamento de Renan
- Correio Brasiliense: O Brasil que ainda crê na ética protesta
- Valor Econômico: Conselho põe em xeque planejamento tributário
- Jornal do Commercio: Perdão a Renan agrava crise

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

PIB cresce 0,8% no 2º trimestre e 5,4% frente a 2006, diz IBGE

Tendo a indústria como propulsora, a economia brasileira cresceu 0,8% no segundo trimestre frente ao primeiro, segundo o IBGE, totalizando R$ 630,2 bilhões. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o PIB apresentou cresceu 5,4%, -a maiôs taxa desde 2004. No acumulado do primeiro semestre, o PIB registrou crescimento de 4,9% em relação ao mesmo período de 2006. Nos últimos 12 meses (quatro trimestres terminados em julho de 2007), o crescimento chega a 4,8%. O ministro da Fazenda comentou o resultando dizendo que os números indicam que a economia está crescendo de "forma robusta e equilibrada", sem pressões inflacionárias.

Renan: A maior derrota da imprensa

Do jornalista Paulo Henrique Amorim no seu blog "Conversa Afiada":
"Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil.
A absolvição de Renan Calheiros é a maior derrota da imprensa brasileira depois da reeleição do Presidente Lula.
A Veja, a Globo, o Estadão, a Folha e O Globo e seus inúmeros e inúteis colunistas jogaram todas as fichas na cassação.
Como ensina o professor Wanderley Guilherme dos Santos, a imprensa brasileira se transformou num partido político.
E jogou tudo contra um político da base de apoio ao Presidente Lula.
Renan Calheiros cometeu todos os crimes que 99,9% dos políticos brasileiros cometem.
Renan Calheiros provavelmente pagou a mulher com quem teve uma filha fora do casamento numa operação idêntica à de outro ex-senador de partido da oposição.
Sobre a operação do ex-senador, a mídia conservadora (e golpista !) se cala até hoje.
A mídia conservadora (e golpista !) foi atrás de Calheiros também porque ele é nordestino. E a elite branca (e no caso da elite de São Paulo, também separatista) não gosta de ninguém da base aliada do Presidente Lula e muito menos se for nordestino.
Imagine se Renan Calheiros fosse do Piauí...
Renan Calheiros não é um santo. Mas, o Senado mostrou que a mídia conservadora (e golpista !) pode enfiar a faca no pescoço do Supremo, mas não enfia a faca no pescoço do Senado.
(E de que adiantou o Supremo deixar os deputados assistirem à sessão ? Nada.)
Se a mídia conservadora (e golpista !) tivesse o poder de enfiar a faca no pescoço do Senado, quantas cabeças ficariam em cima do pescoço ?
A mídia conservadora (e golpista !) agora vai dizer que Renan Calheiros não tem condições de presidir o Senado.
É porque para a mídia conservadora (e golpista !) só valem os 35 votos a favor da condenação.
O Procon tem a obrigação de interpelar a Veja, a Globo, O Globo, a Folha e o Estadão, que transformaram durante um mês e meio Renan Calheiros num cadáver e enganaram seus consumidores".

Charge do Dia

Angeli

Manchetes do dia

- Jornal do Brasil: Senado contra o povo
- Folha de S. Paulo: Senadores absolvem Renan
- O Estado de S. Paulo: Renan escapa da cassação com ameaças e a ajuda do Planalto
- O Globo: Renan se livra da cassação com voto de 40 senadores
- Correio Brasiliense: Vergonha nacional
- Valor Econômico: Itaú faz proposta de R$ 2 bi para comprar 50% do BMG
- Jornal do Commercio: Renan escapa - O Senado se curva

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

PIB cresce 0,8% no 2º trimestre e 5,4% frente a 2006, diz IBGE

Impulsionada pela indústria, a economia brasileira registrou uma expansão de 0,8% no segundo trimestre frente aos primeiros três meses deste ano, divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em valores, o Produto Interno Bruto brasileiro totalizou R$ 630,2 bilhões.
Entenda o que é o PIB e como é feito seu cálculo
O crescimento entre os trimestres ficou dentro da estimativa de analistas consultados pela Folha Online, que previam alta entre 0,8% e 1,3%. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, o PIB brasileiro apresentou crescimento de 5,4%, taxa também em linha com expectativas (entre 4,9% e 6%). Trata-se do maior crescimento desde 2004.
No acumulado do primeiro semestre, o PIB registrou crescimento de 4,9% em relação ao mesmo período de 2006. Nos últimos 12 meses (quatro trimestres terminados em julho de 2007), o crescimento chega a 4,8%.
Também hoje, o IBGE revisou a variação do PIB do primeiro trimestre de 2007 em relação o mesmo período do ano anterior, passando de 4,3% para 4,4%. No primeiro trimestre (janeiro a março) do ano em comparação aos três meses imediatamente anteriores (outubro a dezembro), o PIB brasileiro também sofreu uma revisão (ajuste sazonal), indo de 0,8% para 0,9%. - Folha OnLine

Físico brasileiro pede boicote à Dell após veto a "eixo do mal"

Um grupo de físicos brasileiros está pedindo que acadêmicos no país inteiro boicotem a Dell, a segunda maior fabricante de computadores do mundo.
O pedido, que circula na internet, foi feito depois que a empresa exigiu que um pesquisador assinasse um termo, ao comprar máquinas da empresa, no qual se comprometia a não usá-las "na produção de armas de destruição em massa" e não transferir os equipamentos a cidadãos de Cuba, Irã, Coréia do Norte, Sudão e Síria.
O termo de compromisso, conhecido como "Export Compliance", foi mandado em 31 de agosto ao físico nuclear Paulo Gomes, da Universidade Federal Fluminense, que havia comprado dois computadores Dell para seu laboratório. Segundo a empresa, ele deveria ser assinado antes da entrega das máquinas e impresso em papel timbrado da universidade.
Uma das cláusulas do termo determina: "Não transferiremos, exportaremos, ou reexportaremos, direta ou indiretamente, quaisquer produtos adquiridos da Dell para: Cuba, Irã, Coréia do Norte, Sudão, e/ou Síria, ou a qualquer estrangeiro com dupla nacionalidade, ou a qualquer outro país sujeito a restrições sob leis e regulamentos aplicáveis onde não estejamos situados, sob o controle de um indivíduo natural ou residente deste país".
Outro termo: "Não utilizaremos os produtos em qualquer atividade relacionada ao desenvolvimento, produção, uso, ou manutenção de "Armas de Destruição em Massa", incluindo (...) usos relacionados ao desenvolvimento míssil, nuclear, e/ ou químico/biológico (...) Se estivermos engajados nestas atividades, estamos cientes de que estaremos sujeitos aos regulamentos de Licença de Exportação dos Estados Unidos".
Segundo Gomes, a exigência foi feita depois que ele se identificou como físico ao fazer o pedido de compra. "A vendedora me informou que as ligações foram gravadas, então, como era para um instituto de física, eu precisava assinar", contou.
Revoltado, o físico disse que não assinaria. "Eu não tenho de prestar satisfação a ninguém, nem sou obrigado a seguir as políticas americanas. Sou comprador, não estou recebendo doação. Além do mais, tenho interação com físicos cubanos, da qual não vou abrir mão."
Àquela altura, as máquinas já haviam sido entregues. Gomes disse que devolveria os computadores, desde que a Dell devolvesse todo o dinheiro e mandasse uma carta ao Instituto de Física da UFF, para ser encaminhada ao CNPq --de onde saiu a verba para a compra--, justificando a restrição.
A nota da empresa, encaminhada à Folha por sua assessoria de imprensa, afirma que a Dell, como empresa americana, deve seguir as leis e regulamentos de exportação dos EUA.
"Caso deixemos de cumprir essas exigências da legislação americana, a nossa empresa-mãe no exterior (Dell, Inc.) poderá ser severamente penalizada pelas autoridades dos EUA. Em última análise (...) poderá ser impedida de exportar."
O caso foi relatado à SBF (Sociedade Brasileira de Física), ao ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e a membros do Conselho Consultivo do CNPq, e já circula pela internet entre os físicos desde o feriado. "Há mais de 50 e-mails pedindo o boicote à Dell", diz. Segundo Gomes, a SBF vai sugerir a seus associados que não comprem computadores da marca. Procurado pela Folha, o vice-presidente da entidade, Paulo Murilo Oliveira, não quis revelar sua posição oficial.

STF nega pedido do Senado e autoriza entrada de deputados em sessão secreta

Por 6 a 4, o Supremo Tribunal Federal negou o pedido da Mesa Diretora do Senado e manteve a autorização dada para um grupo de 13 deputados participarem da sessão secreta que julga o projeto de resolução que pede a cassação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). A Mesa havia pedido para o STF reconsiderar a decisão do ministro do STF Ricardo Lewandowski e impedir a permanência dos deputados na sessão secreta.
O pedido da Mesa foi feito após a confusão da manhã e o vazamento de informações sobre a sessão secreta que deveria ser secreta.
Além do próprio Lewandowski, votaram pela permanência dos deputados na sessão secreta os ministros do STF Ellen Gracie, Marco Aurélio Mello, Caros Ayres Britto, Celso de Mello e Cármen Lúcia. Foram contrários os ministros Carlos Alberto Direito, Joaquim Barbosa, Cezar Peluso e Gilmar Mendes. Eros Grau não votou porque está em licença médica.
Os deputados que conseguiram no STF o direito de acompanhar a sessão são: Raul Jungmann (PPS-PE); Fernando Gabeira (PV-RJ); Chico Alencar (PSOL-RJ); Carlos Sampaio (PSDB-SP); Luiza Erundina (PSB-SP); Raul Henry (PMDB-PE); Paulo Renato Souza (PSDB-SP); Luciana Genro (PSOL-RS); José Carlos Aleluia (DEM-BA); Alexandre Silveira (PPS-MG); Fernando Coruja (PPS-SC); Gustavo Fruet (PSDB-PR); José Aníbal (PSDB-SP).
Outros deputados que não integram o grupo dos 13 também entraram e saíram do plenário. O presidente em exercício do Senado, Tião Viana (PT-AC), disse que se 13 podiam acompanhar a sessão, outros 500 também teriam o mesmo direito. - Folha Online

Planalto trabalha para que Sarney substitua Calheiros na Presidência do Senado

De volta ao caso Renan Calheiros, todos os jornais coincidem que, mesmo que escape da cassação de mandatos na votação de hoje, o senador sairá enfraquecido demais para permanecer como presidente do Senado. Mesmo que seja absolvido no julgamento de hoje, Renan Calheiros terá de enfrentar outras três representações apresentadas pelo PSol pedindo a suspensão de seus direitos políticos por quebra de decoro parlamentar. Essa certeza, segundo reportagem secundária do Estado que mereceu chamada na primeira página, mobiliza os “auxiliares do presidente Lula” para influenciar na escolha do novo presidente do Senado. “O Planalto já não se preocupa com o destino de Renan”, diz o jornal, “e sim com a articulação para definir o nome de seu substituto. O favorito do governo é José Sarney”. Oficialmente, na palavra do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que ontem foi entrevistado sobre o assunto em Estocolmo, Suécia, o julgamento de hoje põe fim ao “momento do Senado, qualquer que seja ele”. Não há previsão para o término da sessão secreta – o que se prevê, isto sim, é que os senadores dirão no privado o que jamais diriam em público.

Aposentados já tomaram R$ 27 bilhões em empréstimo consignado

Cerca de 8,5 milhões de aposentados e pensionistas contrataram 20,8 milhões de empréstimos com desconto em folha, desde que a modalidade passa a ser oferecida, em maio de 2004. Os dados são do Ministério da Previdência. Como um beneficiário pode obter diversos empréstimos, respeitando o limite máximo de endividamento de 30% do valor do benefício, o número de operações é significativamente maior do que o número de pessoas que recorreram ao consignado.

Positivo Informática tem 17,7% do mercado de computadores no Brasil

Com o percentual de mercado anunciado, a empresa manteve-se na liderança do setor pelo 11º trimestre consecutivos, de acordo com dados da consultoria International Data Corporation (IDC). A essa informação acrescenta-se o boicote aos equipamentos Dell, encabeçado por físicos brasileiros, por causa da lei norte-americana que proíbe as empresas dos EUA a manter negócios com Cuba, Irã e Coréia do Norte.

Prognósticos antecipam avaliação do PIB no segundo trimestre, com crescimento entre 4,9% e 6,1%.

A economia interna ainda é objeto de outras reportagens importantes do dia. Uma delas, projetada no alto da primeira página do Estado, antecipa que, mais uma vez, por causa do desempenho do mercado interno e dos investimentos crescentes, o PIB nacional do segundo trimestre – a ser apresentado oficialmente hoje pelo IBGE – situa-se entre 4,9% e 6,1% “estimativas de consultorias e bancos” ouvidos pelo jornal. Se romper a barreira dos 5%, indica a reportagem, a marca superará a alcançada em 2004. A mesma tendência aparece na coluna de Guilherme Barros, Folha, onde o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) prevê que “a indústria deverá ser um dos destaques do PIB”. A ser confirmado o crescimento na taxa prevista, sustenta o colunista da Folha, afasta, “pelo menos a princípio, as ameaças que rondavam o setor de o país estar vivendo um processo de desindustrialização ou de ainda estar convivendo com o fenômeno conhecido por doença holandesa -a atividade econômica do país ficar restrita à produção de recursos naturais”.

Às 11h, senadores começam a votar futuro político de Renan Calheiros

A sessão do Senado que vota hoje a cassação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é assunto único nas manchetes principais de quatro (Correio Braziliense, Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo) dos seis jornais mais influentes do país. Em bloco, os jornais expõem o Dia D para o senador no espaço nobre da primeira página e, também em bloco, todos trazem editoriais estimulando os senadores a aprovarem a suspensão dos direitos políticos de Renan Calheiros, com o argumento predominante de que não é apenas ele que estará sendo julgado, mas o próprio Senado. Gazeta Mercantil e a Valor Econômico fogem à regra. Dos quatro que elegeram a decisão do futuro político do presidente do Senado, três não se arriscam a prever o resultado da eleição agendada para daqui a pouco, às 11h, por conta dos senadores que não querem revelar seu voto, ou dos que são passíveis de “traição” – para um lado ou para outro. A Folha de S.Paulo distingue-se na manchete “Maioria diz que vota pela cassação de Renan hoje”, desconsiderando as mesmas traições que impedem os demais jornais de arriscar um prognóstico. Sua enquete aponta que 41 senadores vão pedir a cabeça de Renan Calheiros – exatamente o número de votos necessário, maioria absoluta mais um. Para contrabalançar a certeza dos números de sua enquete, o jornal abre igual espaço no caderno interno para “Aliados e adversários fazem contas e evitam prognósticos”.O Estado de S.Paulo chama a atenção para o caráter secreto da sessão e dos cuidados que o Senado, sob o comando do próprio Renan Calheiros, tomou para que nada vaze da sessão secreta. Foram proibidas as visitas, os laptops e seus mouses foram desligados, a imprensa ficará do lado de fora e os senadores foram “aconselhados a evitar o uso de celulares”. Quem descumprir as regras, alertou ontem à noite, no Jornal da Globo, o senador Tião Vianna (PT-AC), corre o risco de ser processado por quebra de decoro. O Globo também projeta a “sessão ultra-secreta” em seu título nobre e relata o trabalho dos principais partidos da oposição – PSDB e DEM – para “tentar enquadrar seus 30 senadores para que todos votem hoje pela cassação de Renan Calheiros”. Neste jornal, o prognóstico vai exatamente na direção contrária do apontado pela Folha. “O grupo que apóia o relatório de Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS) – que pede a cassação – admite que não será fácil chegar aos 41 votos necessários para a cassação. Haveria uma chance se os 13 senadores do PSDB e os 17 do DEM seguissem a orientação dos partidos, o que não deve acontecer”. O Correio Braziliense aproveita a oportunidade para produzir uma capa que deve concorrer em concursos internacionais de design, do qual o jornal é vencedor de vários prêmios. Do alto ao pé da página, o Correio traz a figura do Louco do baralho do Tarô, com o rosto de Renan, e o título “A última cartada”. - DeFato

Top secret!

Angeli

Manchetes do dia

- Jornal do Brasil: Sem pagar a agentes, Força Nacional ameaça deixar o Rio
- Folha de S. Paulo: Maioria diz que vota pela cassação de Renan hoje
- O Estado de S. Paulo: Em segredo, Senado decide hoje futuro político de Renan
- O Globo: Sessão ultra-secreta decide destino de Renan e Senado
- Correio Brasiliense: A última cartada
- Valor Econômico: Invasão de capitais do Brasil assusta Uruguai
- Jornal do Commercio: É hoje

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Autopeça ameaça ritmo chinês das montadoras

A indústria automobilística deve crescer entre 6% e 10% no próximo ano, segundo as primeiras previsões dos analistas. A expansão se dará sobre uma base elevada, de 2,3 milhões de veículos, volume previsto para este ano, já 22% maior que o total de 2006. Mas as projeções esbarram num problema: a falta de autopeças. Segundo a principal reportagem do Valor Econômico, o mercado cresce num ritmo chinês e esta expansão pode ser contida pela limitação da capacidade dos fornecedores. Em alguns carros, o consumidor espera por até quatro meses. E o temor é de que este problema venha à tona já em 2008. Por isso, as montadoras têm ajudado seus clientes. A Fiat, por exemplo, começou um trabalho para garantir o aumento da capacidade dos fornecedores. “O setor já mapeou os gargalos, que se concentram na forjaria, acabamento, metalurgia, borracha e fundição. Os fabricantes desses produtos são empresas pequenas, as mais fracas na cadeia de suprimentos da poderosa indústria automobilística. Justamente as que mais receiam investir em um ambiente em que as próprias montadoras estimulam os fornecedores maiores a comprar peças da China, 40% mais baratas, segundo argumentam”.

Dengue bate recorde em SP

Embora ainda não tenha terminado, 2007 já é o ano com o maior número de casos de dengue da história do Estado de São Paulo. De janeiro ao final de agosto, foram contabilizadas cerca de 62,2 mil pessoas infectadas com a doença e 16 mortes. O recorde anterior era de 2001, quando houve 51,7 mil casos de dengue no Estado.A situação é mais crítica nas regiões de São José do Rio Preto, de Ribeirão Preto e do litoral. Nesses locais, a reprodução do mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue, foi facilitada pelo clima quente ao longo do primeiro semestre. No caso de Rio Preto, pesou ainda a proximidade com Mato Grosso do Sul, que neste ano teve sua pior epidemia de todos os tempos, com 68,5 mil casos até maio (último dado do Ministério da Saúde). - O Estado de S.Paulo, hoje.

Novas vagas para servidores custarão R$ 3,5 bilhões ao governo

Com a contratação de 28.979 cargos e o preenchimento do remanescente vago até o total de 56.348 postos de trabalho, o governo vai elevar os gastos com funcionalismo em R$ 3,495 bilhões por ano, informam os jornais. Apenas em 2007, o gasto ficará limitado a R$ 1,897 bilhão, já que os novos funcionários tomarão posse ao longo do ano. Os jornais destacam que o presidente Lula pretende iniciar “o que chamou, em sua mensagem ao Congresso, de ‘segunda etapa’ da reestruturação das carreiras do Executivo”, com a qual planeja gastar R$ 3,704 bilhões. Do total de contratações, 40.032 serão feitas no âmbito do Executivo, 12.604 no Judiciário, 1.417 no Legislativo e 2.295 do Ministério Público da União. Nem todos os novos contratados serão admitidos por concurso público. Mas o governo espera substituir até 11.446 servidores terceirizados por pessoas concursadas, conforme mensagem do presidente que acompanhou a proposta orçamentária para 2008.

Partidos se preparam para 2010; Ciro é tratado como candidato

Um dia depois de o PT decidir que vai discutir a sucessão presidencial com os partidos da coalizão, seis legendas que integram a base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializaram nesta segunda-feira um bloco nacional de esquerda de olho nas eleições de 2008 e 2010. PDT, PC do B, PSB, PRB, PHS e PMN se uniram para mostrar força para o próprio PT na escolha do candidato.
O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) foi recebido na cerimônia de lançamento do bloco realizada hoje, em São Paulo, como um dos possíveis candidatos a presidente em 2010. Mas amenizou o tom quando questionado sobre o assunto e preferiu exaltar o governo Lula, apesar de a platéia formada por quase 1.000 militantes --a maioria do PSB-- gritar palavras de ordem como se já estivesse em campanha eleitoral.

Governo antecipa R$ 2 bi para conter crise da saúde

O governo federal irá antecipar R$ 2 bilhões para o Ministério da Saúde no intuito de amenizar o problemas enfrentados pelo setor nos últimos meses. O anúncio foi feito após críticas de vários setores ao contingenciamento de recursos nessa área.
"Essa é uma saída que nós temos emergencialmente. Estamos analisando a questão estrutural da área da saúde", afirmou o ministro Guido Mantega (Fazenda), após reunião com seu colega do Ministério da Saúde, José Gomes Temporão.
No entanto, não se trata da liberação de dinheiro novo, apenas usar efetivamente os recursos previstos no Orçamento da União de 2007. Esses R$ 2 bilhões fazem parte dos R$ 4 bilhões que foram contigenciados do Ministério da Saúde no inicio do ano.
Esse descontingenciamento significou que o Ministério da Saúde teve autorização do Ministério do Planejamento para gastar até R$ 4 bilhões, o que é a primeira etapa do processo de execução orçamentária. A segunda etapa é a liberação financeira, que é feita pelo Tesouro Nacional. Até o anúncio de hoje, apenas R$ 2 bilhões haviam sido liberados efetivamente para o Ministério da Saúde. - Folha Online

A música do dia

A Love Supreme - John Coltrane; do cd: "Jazz Central Station"; ouça aqui
John Coltrane é o saxtenorista mais cultuado do jazz. Nascido em Hamlet, Carolina do Norte, e neto de um pastor evangélico, John William Coltrane cresceu em High Point e em New Jersey. Começou a carreira tocando em big bands, após a Segunda Guerra. - Noblat

Bons companheiros!


Manchetes do dia

- Jornal do Brasil: Moradores de favela ajudam a espancar PM
- Folha de S. Paulo: Saldo comercial cai 22% com importação recorde
- O Estado de S. Paulo: Governo federal quer criar mais 29 mil cargos
- O Globo: União prevê contratar mais 56 mil servidores
- Correio Brasiliense: Baixada Federal
- Valor Econômico: Autopeça ameaça ritmo chinês das montadoras
- Jornal do Commercio: Lula dá início hoje às obras da refinaria