terça-feira, 17 de julho de 2007

Presidente caiu em “armadilha” no Maracanã, denuncia governador do Rio

O segundo assunto mais presente– no O Globo e na Folha de S.Paulo - é a a denúncia do governador, Sérgio Cabral (PMDB), de que as vaias que constrangeram o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura dos Jogos Pan-Americanos, na última sexta-feira, foi “uma armadilha”. Cabral não apontou o prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, como articulador da patranha – nem precisava. O Globo abre com a “guerra” aberta entre governador e prefeito, que teria armado a arapuca. O jornal paulista entra no caso remetendo para a confissão do presidente de que “ficou triste” com as vaias em seu programa semanal no rádio. Nos cadernos internos, ambos os jornais, assim como todos os demais, abrem para o embate entre oposição e governistas diante do episódio. O assunto ganhou repercussão não só por causa da grave acusação de Cabral, mas também porque a Fierj, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, e o COB, Comitê olímpico Brasileiro, saíram em defesa de Lula com agradecimentos por seu empenho em fazer do Pan-Americano um motivo de recuperação da auto-estima da segunda maior cidade do país, castigada pela violência e pelo abandono de quase 15 anos. Cesar Maia sai chamuscado no episódio, pelas evidências que apontam para armação e pela desculpa maltrapilha de que o governador, com a acusação, quer recursos do PAC para o estado do Rio. A Folha dribla o confronto na primeira página, remetendo somente para a “tristeza” de Lula confessada em seu programa de rádio.

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