Com os resultados recordes do primeiro semestre, a indústria automobilística brasileira refez as contas e vai produzir e vender mais carros do que imaginava. Pelas novas projeções, o mercado interno deve adquirir este ano o recorde de 2,35 milhões de veículos, 22% mais que em 2006. A produção deve crescer 10% e chegar a 2,87 milhões de unidades, mais que o dobro da alta esperada para o Produto Interno Bruto (PIB).
Essa é a terceira projeção que a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) faz para o mercado interno. Em janeiro, as montadoras projetavam crescimento de 7,7% nas vendas, porcentual que passou para 14,5% em abril e, agora, na metade do ano, para 22%.
Diante de um mercado aquecido, várias montadoras projetam novos investimentos em produtos e ampliação de capacidade. Em duas semanas, o presidente mundial da General Motors, Rick Wagoner, estará no Brasil para anunciar investimento extra de cerca de R$ 1 bilhão nas filiais brasileira e argentina. Anualmente, o grupo investe R$ 500 milhões no País, mas o aporte extra vem sendo requisitado desde o ano passado pelo presidente da GM Mercosul, Ray Young. A Fiat também estuda para o futuro uma nova fábrica, segundo fontes do mercado.O motor principal do mercado interno, segundo o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, é o crédito, que ele vê como consistente para os próximos meses.
Até maio deste ano, o total de crédito destinado ao financiamento de veículos é de R$ 69,9 bilhões. Em igual período de 2006, o montante era de R$ 56,4 bilhões. Os juros nessas operações caíram de 24,9% para 19,4% em maio de 2007 ante maio de 2006. A inadimplência também está controlada, informa a Anfavea. O índice médio de atrasos nos contratos teve pequena baixa, de 3,1% em maio para 2,9% em junho. Nos demais setores, a média é de 7,1%. - O Estado de S. Paulo, hoje.
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