Thomas Alan Waits (7 de dezembro de 1949) é um músico, instrumentista, compositor, cantor e ator norte-americano. Sua voz grossa e rouca é inconfundível para seus apreciadores, possuindo uma legião de fãs ao redor do mundo. Tem sido indicado a um grande número de grandes prêmios musicais, tendo ganho o Grammy Awards por dois álbuns, a saber, Mule Variations e Bone Machine.
Uma bela definição acerca de Tom Waits vem de David Shoulberg, ao dizer que ouvi-lo é "como caminhar por uma cidade fantasma", onde "tudo é rangedor e arrepiado", ao mesmo tempo em que tomado por "uma estranha sensação de paz". Nascido em 1949, Waits acumulou algumas estranhezas que naturalmente se chocam com a linearidade de uma arte adocicada e precária como tem sido, em grande parte, a que nos é contemporânea. Da voz arenosa à inverossímil conjunção de instrumentos musicais, passando pelas personae insólitas de seus versos e a ambição teatral da concepção estética, tudo foi lhe dando um certo distanciamento em relação aos contemporâneos, a ponto de facilmente se esquecer o depurado compositor de canções que ele é.
Não se pode dizer que seu universo de canções limita-se a baladas e rock, vez por outra recolhendo simpatias por tangos, blues e rumbas. E não se pode dizê-lo pelo fato de que tal delimitação não mais interessa, algo menor ante o somatório de identificações que sua arte propicia. Basta atentar para o que ele próprio considera como favoritos, onde inclui o tenor irlandês John McCormick, o compositor argentino Astor Piazolla e cantoras como Edith Piaf, Yma Sumac e Dinah Washington. Somem-se as predileções por beatniks como Kerouac, Ginsberg e Gregory Corso, diversidade à qual não se limita.
terça-feira, 29 de abril de 2008
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