quarta-feira, 30 de abril de 2008

Filme: QUEBRANDO A BANCA

A aventura de ação QUEBRANDO A BANCA é inspirada na história verídica de alguns dos jovens mais brilhantes dos EUA - e de como eles ganharam milhões em Vegas.
Ben Campbell (Jim Sturgess) é um aluno tímido e superdotado do MIT que - precisando pagar seus estudos na faculdade - encontra a solução nas cartas. Ele é recrutado para unir-se ao grupo de alunos mais geniais da faculdade que rumam para Vegas todos os finais de semana munidos de identidades falsas e do know-how para virar as chances de ganhar no jogo a seu favor. Liderados pelo professor de matemática heterodoxo e gênio da estatística Micky Rosa (Kevin Spacey), eles conseguem criar um código infalível. Contando cartas e empregando um complexo sistema de sinais, o grupo consegue quebrar a banca de vários cassinos. Seduzido pelo dinheiro, pelo estilo de vida de Vegas e por Jill Taylor (Kate Bosworth), uma colega de grupo inteligente e sexy, Ben começa a extrapolar os seus próprios limites. Embora contar cartas não seja ilegal, os riscos são altos e o desafio se torna não apenas manter a contagem numérica correta, mas também se manter um passo à frente do supervisor de segurança dos cassinos: Cole Williams (Laurence Fishburne). Diversão certa.

FMI isenta Brasil na crise de alimentos

Levantamento do Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentado ontem aos líderes da ONU comprova que o etanol brasileiro não seria o responsável pela alta nos preços dos principais alimentos. O estudo, revelado pelo vice-diretor-geral do FMI, o brasileiro Murilo Portugal, aponta o etanol americano e europeu como responsável por parte da inflação no setor.
Portugal anunciou que a entidade tentará socorrer os países mais afetados pela alta nos preços dos alimentos. Ele afirmou que está sendo criado um plano de financiamento para ajudar 12 países africanos a lidar com os crescentes déficits em suas contas correntes por causa da importação de alimentos.
O representante do FMI apresentou ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, um estudo do Fundo sobre os impactos do etanol. “O etanol brasileiro não compete com a produção de alimentos. O Brasil não subsidia e tem terras suficientes”, afirmou. “No caso da produção do milho, dois terços da alta nos preços desde 2005 é provocada pela expansão nos Estados Unidos e Europa. No caso da soja, metade da alta também se deve ao etanol americano. O custo do trigo aumentou também e um terço é causado pelo etanol”, explicou Portugal.
De acordo com o estudo do Fundo, a alta histórica do arroz não tem relação nem com o etanol brasileiro nem com os biocombustíveis europeus e americanos. “20% da alta é gerada pelo petróleo e 80% por outros fatores”, disse.
Segundo Portugal, a alta em geral é conseqüência da maior demanda por alimentos na China e Índia, redução de estoques e quebra de produção. O custo de energia também é importante. “Os fertilizantes triplicaram de preço e os custos de transporte duplicaram”, disse. “A situação é preocupante e o choque dos preços é sério”, alertou Portugal. “Nossa avaliação é de que a alta nos preços dos alimentos já está causando um desequilíbrio nas contas comerciais dos países mais pobres equivalentes a 1% do Produto Interno Bruto.”
Apesar de destacar a crise de alimentos, Murilo Portugal alerta que um problema ainda mais sério para as balanças comerciais é o preço recorde do petróleo. “Sobre a energia, a reunião não falou tanto. Mas a realidade é que os problemas decorrentes da importação do petróleo são ainda maiores que o déficit de alimentos”, disse.
Na África, o déficit comercial já chega a 2% do PIB com o preço do petróleo. “O resultado é que, juntos, os alimentos e energia estão causando um déficit nas contas comerciais dos países africanos equivalentes a 3% do PIB.” - O Estado de S. Paulo, hoje.

Bolsa-Família pode virar modelo do programa

O Programa Mundial de Alimentação da ONU estuda adotar programas inspirados no Bolsa-Família como forma de garantir ajuda às famílias que sofrem com a alta nos preços dos alimentos e distribuir comida para cerca de 20 milhões de crianças pelo mundo.“O governo brasileiro conseguiu avançar na distribuição de alimentos e estamos em contato para ver como podemos usar o modelo em outras regiões do mundo”, afirmou ao Estado Jannete Sheeren, diretora do programa da ONU.
A ONU vai gastar US$ 3,1 bilhões em 2008 para alimentar 73 milhões de pessoas, mas até agora não conseguiu completar seu orçamento. “Se conseguirmos atingir todas as crianças por meio de bolsas em escolas, já teremos feito um trabalho importante”, afirmou Jannete. Segundo ela, os técnicos do programa estão estudando o modelo do Bolsa-Família para ver como usá-lo em outras realidades, como na África, na América Central e na Ásia.
A adoção do Bolsa-Família é parte de uma tentativa da ONU de criar redes sociais para garantir a alimentação e renda de uma camada de pobres que até dois anos atrás simplesmente não existiam. - O Estado de São Paulo, hoje.

MANCHETES DO DIA

- Jornal do Brasil: Rio tem 6 das 17 piores escolas de medicina do país
- Folha de S. Paulo: Piores em medicina incluem 4 federais
- Estadão: Área de devastação dispara em 2 Estados
- O Globo: Medo de inflação faz governo adiar o aumento da gasolina
- Gazeta Mercantil: Sindicalistas buscam novas bandeiras para velhas lutas
- Correio Brasiliense: Só parte dos servidores tem aumento garantido
- Valor Econômico: Negociação de reajustes é intensa nas indústrias
- Estado de Minas: Inflação ameaça sair do controle
- Jornal do Commercio: Em 15 dias, três ladrões mortos por vítimas

terça-feira, 29 de abril de 2008

A voz do Cool: Tom Waits

Thomas Alan Waits (7 de dezembro de 1949) é um músico, instrumentista, compositor, cantor e ator norte-americano. Sua voz grossa e rouca é inconfundível para seus apreciadores, possuindo uma legião de fãs ao redor do mundo. Tem sido indicado a um grande número de grandes prêmios musicais, tendo ganho o Grammy Awards por dois álbuns, a saber, Mule Variations e Bone Machine.
Uma bela definição acerca de Tom Waits vem de David Shoulberg, ao dizer que ouvi-lo é "como caminhar por uma cidade fantasma", onde "tudo é rangedor e arrepiado", ao mesmo tempo em que tomado por "uma estranha sensação de paz". Nascido em 1949, Waits acumulou algumas estranhezas que naturalmente se chocam com a linearidade de uma arte adocicada e precária como tem sido, em grande parte, a que nos é contemporânea. Da voz arenosa à inverossímil conjunção de instrumentos musicais, passando pelas personae insólitas de seus versos e a ambição teatral da concepção estética, tudo foi lhe dando um certo distanciamento em relação aos contemporâneos, a ponto de facilmente se esquecer o depurado compositor de canções que ele é.
Não se pode dizer que seu universo de canções limita-se a baladas e rock, vez por outra recolhendo simpatias por tangos, blues e rumbas. E não se pode dizê-lo pelo fato de que tal delimitação não mais interessa, algo menor ante o somatório de identificações que sua arte propicia. Basta atentar para o que ele próprio considera como favoritos, onde inclui o tenor irlandês John McCormick, o compositor argentino Astor Piazolla e cantoras como Edith Piaf, Yma Sumac e Dinah Washington. Somem-se as predileções por beatniks como Kerouac, Ginsberg e Gregory Corso, diversidade à qual não se limita.

Petrobras é "referência" de transparência, diz relatório

A ONG Transparência Internacional (TI) divulgou ontem que a atuação da Petrobras no mercado doméstico é "referência de transparência" entre as empresas do setor de petróleo e gás. O estudo analisou as informações que as empresas fornecem em três áreas: pagamentos feitos aos governos onde atuam, operações em diversos países e ações corporativas anticorrupção. A Petrobras ficou entre as empresas com alta transparência no critério de operações nos diversos países, mas figura entre o grupo médio nos outros dois critérios. Entre as 42 empresas analisadas, a empresa brasileira foi listada entre as que demonstram "alto nível de transparência de receita", ao lado de empresas como BG, Shell, StatoilHydro, ONGC, PetroChina, Sinopec e Pemex, entre outras. - DeFato

Lula tem avaliação positiva recorde 57,5% e 50% aprovam 3º mandato, diz CNT/Sensus

Pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem mostra que 50,4% dos entrevistados são favoráveis a um terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A pesquisa mostra que 45,4% dos entrevistados são contrários ao terceiro mandato e 4,3% não responderam. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, o que aproxima os índices – embora o apoio ao terceiro mandato seja superior. Segundo o diretor do Instituto Sensus Ricardo Guedes, a defesa do terceiro mandato é conseqüência da alta popularidade do governo e do próprio presidente. A aprovação ao governo Lula chegou ao maior índice desde sua posse em 2003, com o apoio de 57,5%, diz a pesquisa. O desempenho positivo do governo de 57,5% também é o melhor levantado pela pesquisa desde que ela começou a ser realizada, em setembro de 1998. O presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Clésio Andrade, atribui o alto índice de popularidade de Lula a crescimento da economia, geração de empregos e programas sociais. A pesquisa mostra que a avaliação pessoal de Lula também subiu de 66,8% em fevereiro para 69,3% em abril. Os índices de popularidade de Lula de abril só perdem para os de 2003 – cerca de 83% de aprovação.

Lula aprova novo modelo para reforma trabalhista

Depois de uma reunião que durou quase três horas, na noite de quinta-feira, com a participação dos dirigentes de seis centrais sindicais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, bateram o martelo numa agenda mínima para promover "mudanças radicais" nas relações entre capital e trabalho no Brasil. Segundo o Valor Econômico, as transformações visam a reduzir drasticamente a informalidade no mercado de trabalho, reverter a queda da participação dos salários na renda nacional e reformar o regime sindical. O documento com as convergências entre centrais e governo será divulgado hoje, mas é antecipado pelo jornal, que informa que um dos objetivos é tirar os trabalhadores da economia informal e, para isso, será preciso desonerar a folha de salários. - DeFato.

MANCHETES DO DIA

- Jornal do Brasil: Tráfico infiltra-se no PAC
- Folha de S. Paulo: Lucro enviado ao exterior e investimento são recordes
- Estadão: Contas externas do Brasil têm déficit de US$ 10,7 bi
- O Globo: Orçamento não permite dar a servidor o que Lula prometeu
- Gazeta Mercantil: Bradesco lucra R$ 2,1 bilhões no trimestre
- Correio Brasiliense: DF flagra 4 bêbados por dia ao volante
- Valor Econômico: Lula aprova novo modelo para reforma trabalhista
- Estado de Minas: PBH vai arrombar casas infestadas pela dengue

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A rota turística da gripe

O Vírus Influenza

Cientistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) descobriram os caminhos que o vírus da gripe percorre durante o ano, contaminando o mundo inteiro. Sabemos que, no outono e inverno, ocorrem surtos de gripe e promovemos o uso da vacina, principalmente entre idosos, pois acima de 60 anos existe um risco maior de a gripe evoluir para uma pneumonia. Essa é a razão de existir uma campanha nacional de vacinação para o idoso.


Todas as pessoas acima de 60 anos devem tomar a vacina contra a influenza, que causa a gripe, e contra o pneumococo, o agente da pneumonia. Pessoas de outras idades podem tomar a vacina, se quiserem. Com as campanhas anuais, o Brasil reduziu em 50% os casos de gripe e em 32% os de internações por pneumonia. Também reduziu em 31% o número de mortes por essas causas na “melhor idade”.


A campanha é regular no Brasil desde 1999. Neste ano, inicia-se em 26 de abril e vai até 9 de maio. Pretende dar cobertura a 80% desta população, com mais de 60 anos, de 14,5 milhões de pessoas. É, portanto, uma das maiores campanhas de vacinação regulares de adultos no mundo.


Hoje, a vacina é constituída de tipos do vírus influenza que já estão mortos e, portanto, não causam gripe. Mas eles são o suficiente para promover imunidade do organismo contra a moléstia. A vacina não traz riscos e só as pessoas que sabem que têm alergia à proteína do ovo é que não podem tomá-la.


Infelizmente, não é possível colocar todos os subtipos de vírus na vacina. Elas são fabricadas com os vírus que tiveram maior circulação no Hemisfério Sul. Isso não garante que o vírus da próxima epidemia de gripe será o que está presente na vacina. A escolha dos subtipos a ser colocados na imunização depende de coletas do vírus influenza feitas em fevereiro e setembro pela OMS. E os epidemiologistas escolhem os tipos de vírus a ser incluídos na vacina daquele ano.


Sabemos que essas epidemias se iniciam no Leste e Sudeste da Ásia e, durante o ano, o vírus viaja de carona no corpo de humanos gripados, que infectam os semelhantes por onde passam. As epidemias anuais de influenza contaminam de 5% a 15% da população mundial. São de 3 milhões a 5 milhões de casos graves ao ano, responsáveis por 250 mil a 500 mil mortes. As campanhas mundiais somadas dão cobertura a 300 milhões de habitantes.


Não sabemos ainda o porquê de a gripe ocorrer em épocas de frio nos países de clima temperado e nas épocas de chuva nos países tropicais. Mas essa variação climática faz com que o vírus que surge na Ásia encontre uma onda de fatores favoráveis à sua sobrevida.


Um grupo de cientistas do Japão, da Europa e dos Estados Unidos, reunidos no Centro de Investigação de Influenza da OMS, analisou 13 mil amostras de um subtipo do vírus influenza A (conhecido pela sigla H3N2) em seis continentes, entre 2002 e 2007. Compararam as diferenças genéticas dos vírus encontrados em cada região do mundo. A pesquisa monitorou o trajeto percorrido e identificou o tempo que um subtipo de vírus demora para atingir o mundo todo.


O pesquisador Collin Russell, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, explica que novos vírus aparecem na Ásia e vão depois para a Europa, chegando lá em seis meses. Depois, demoram entre seis e nove meses para atingir os Estados Unidos e mais vários meses para chegar à América do Sul e, então, desaparecer para dar lugar a novos subtipos.


O vírus da gripe que deverá nos atingir este ano é o mesmo que surgiu há um ou dois anos na Ásia. Dessa maneira, há tempo suficiente para criarmos uma vacina eficiente. E isso também mostra que as vacinas importadas da Europa devem funcionar só para as gripes do próximo ano. Como diz o lema da campanha deste ano: “Não deixe a gripe derrubar você. Vacine-se”. - Rogério Tuma, Carta Capital