A festa popular de Washington para a posse de Barack Hussein Obama na presidência dos Estados Unidos é unanimidade em todos os mais influentes jornais do Brasil, Europa e EUA. Cerca de 2 milhões de pessoas suportaram o frio de até 3 graus negativos para participar da simbólica cerimônia que oficializou o primeiro negro como comandante supremo do país mais rico e poderoso do planeta. Todos os jornais, sem exceção, esmiuçaram o discurso de posse de Obama à procura dos signos marcantes para os próximos quatro (ou oito) anos. Eles não são poucos, como denotam os títulos dos seis jornais mais influentes do Brasil. De tudo o que se interpreta e se escreve hoje, algumas palavras diferenciam-se das demais. As primeiras delas são mudança e renovação – ambas vindas da capacidade dos Estados Unidos de surpreender os demais países do mundo. No mesmo país onde, em 1955, Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks, desafiou as leis de segregação do Alabama e recusou-se a sentar nos bancos de trás de um ônibus – reservado apenas para cidadãos negros. 54 anos depois, como aponta a coluna assinada por Elio Gaspari, a posse de Obama “fechou gloriosamente um ciclo da história americana que começou bem antes do nascimento do companheiro, quando uma vendedora chamada Rosa Parks entrou num ônibus, sentou no assento destinado aos brancos e não quis se levantar”. Ontem, ao chegar ao topo da sociedade dos EUA, Obama resumiu esse curto período: “Neste dia, nos reunimos porque escolhemos a esperança em vez do medo, a unidade de propósito em vez do conflito e da discórdia. Neste dia, viemos para proclamar o fim das queixas mesquinhas e das falsas promessas, das recriminações e dos dogmas desgastados, que já por muito tempo têm enfraquecido a nossa política”. DeFato, hoje.
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