O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou nesta quinta-feira o fechamento da prisão de Guantánamo, em Cuba. A base militar americana localizada na ilha foi transformada em prisão de suspeitos de terrorismo pelo governo anterior, de George W. Bush. O fechamento da prisão deve ocorrer em até um ano. Obama assinou também decreto que proíbe a tortura e métodos coercivos em interrogatórios de prisioneiros dos EUA.
"Fechar o centro de detenção de Guantánamo é parte da política externa, dos interesses dos EUA e dos interesses da Justiça", disse Obama, em entrevista coletiva. Ele afirmou, contudo, que não há um plano sobre o que fazer com os 245 prisioneiros que ainda estão em Guantánamo. Poucos minutos depois, cercado de seus assessores de política externa, Obama assinou outro decreto que proíbe o uso de métodos coercivos em interrogatórios, prática comum nos interrogatórios de suspeitos de terrorismo presos pela CIA (Central de Inteligência Americana).
"Pelo poder a mim concedido pelos Estados Unidos da América, para promover o tratamento seguro e humano dos cidadãos sob poder dos americanos e dos nossos militares, para obedecer as leis dos EUA e da Convenção de Genebra [que estabelece leis de prisioneiros de guerra]", disse Obama, "assino ordem que efetivamente garante que [...] qualquer interrogatório terá que ser de acordo com os estabelecimentos do Exército".
Segundo Obama, a ordem reconhece o "melhor julgamento" do Exército, que obedece à lei que proíbe a tortura e, mesmo assim, consegue as informações de inteligência que precisa. Resta saber se Obama terá a ajuda das nações aliadas para conceder asilo político aos prisioneiros.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
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