quarta-feira, 11 de junho de 2008
PIB cresceu 5,8% no primeiro trimestre, com perspectiva de desaceleração
A divulgação do crescimento da economia brasileira no primeiro trimestre deste ano pelo IBGE é o principal assunto do dia, ao lado da perspectiva do depoimento da ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, a partir das 9h. A alta de 5,8% do PIB no período, a maior registrada desde o início da série histórica, em 1996, ocupa as manchetes principais do Correio Braziliense, Folha de S.Paulo e do O Estado de S. Paulo. Em todos os títulos, o percentual de crescimento é secundado por senões. O Correio traz “O espetáculo da gastança”; a Folha, “PIB cresce 5,8%, mais indica desaceleração”; o Estado, “PIB mostra alta nos gastos de governo e freada no consumo”. O Valor Econômico, na reportagem “Setor público garantiu alta do produto”, destoa dos demais – a começar pela estimativa da influência dos gastos governamentais. é o único que quantifica a influência dos gastos públicos. “Para dimensionar a importância desse avanço, o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges”, traz o jornal, “diz que, se o consumo do governo tivesse ficado estável, o PIB teria caído 0,2%, em vez de subir 0,7% em relação aos três últimos meses de 2007”. Entre ponderações que atribuem o crescimento do PIB aos gastos do governo – e não à demanda interna e ao ritmo industrial, como enfatiza o documento do IBGE –, os jornais que projetam o desempenho da economia brasileira no período sublinham que a alta decorreu principalmente do aumento dos gastos do governo e da continuidade da tendência de expansão dos impostos em ritmo bem mais rápido que o valor agregado na produção, como publicam o Correio e o Estado. Ainda neste último, o título nobre do dia faz eco com a manchete principal da Folha no que se refere aos sinais de desaceleração que se projetam no horizonte com o novo ciclo recém-iniciado de alta nos juros básicos. A pisada no freio já aponta alta de apenas 0,7%, em comparação com o último trimestre do ano passado. - DeFato.
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