segunda-feira, 12 de maio de 2008

Consumo do Nordeste passa o do Sul e já é 2º do país

A Região Nordeste, sempre relegada à condição de uma das áreas mais pobres do Brasil, registra atualmente o maior avanço do país quando o assunto é consumir. Embalados pelo crescimento econômico do governo Lula, os consumidores nordestinos foram às compras e desbancaram a Região Sul, que sempre ocupou a segunda posição no ranking nacional de consumo. O volume de compras dos nordestinos pulou de R$ 252,902 bilhões, no ano passado, para R$ 317,272 bilhões, este ano, uma alta de 25,42%. No mesmo período, o aumento de consumo na Região Sul foi de 15,26%, enquanto o Sudeste registrou 12,56%.
Esses resultados fazem parte de pesquisa inédita da consultoria paulista Target, que mediu o gasto em todos os municípios do Brasil usando o Índice de Potencial de Consumo (IPC). O indicador estima tudo que pode ser despendido pelos consumidores anualmente em cada região.

Em termos absolutos, a liderança continua com o Sudeste: R$ 902,908 bilhões em compras. O Sul tem potencial de R$ 291,892 bilhões, contra os R$ 253,254 bilhões do ano passado.

O Brasil vive uma redistribuição do consumo alimentada pelo avanço do nível de emprego, pela melhora da renda familiar e pelos programas sociais do governo do presidente Lula, analisa Marcos Pazzini, da Target. Todas as regiões do país registraram crescimento, mas o destaque ficou mesmo por conta do Nordeste, que vem se desenvolvendo acima da média nacional.

Da Bahia ao Maranhão — onde há o maior consumo de roupas e cosméticos — foi registrada a abertura do maior número de lojas varejistas nos dois últimos anos: 5.600.— Historicamente, o Nordeste nunca teve classe média. Só que esse cenário está mudando. Com mais emprego, as pessoas mais pobres passaram a fazer parte da classe média.

Houve aumento no número de ricos na região. Hoje, os nordestinos não consomem apenas itens de primeira necessidade — explica Pazzini. - O Globo, hoje.

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