quarta-feira, 14 de maio de 2008

Pesquisa do Ipea revela que negros serão maioria em 2008

A população negra será maioria no Brasil em 2008, quando se comemoram os 120 anos da Abolição da Escravatura. É o que apontam projeções demográficas de um estudo inédito do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os pesquisadores analisaram variáveis agregadas para todo o país sobre população, escolaridade e renda e compararam por faixas etárias entre negros e brancos a partir de dados primários do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O trabalho completo vai virar livro a ser lançado ainda neste ano.

Levantamento reprova ensino na rede estadual de São Paulo

Numa escala de 0 a 10, a rede de escolas estaduais de São Paulo ficou com as notas 2,54 para o ensino fundamental e 1,41 para o médio. Apenas duas escolas do ensino médio conseguiram tirar a nota 6, padrão dos países desenvolvidos.
Obtido com exclusividade e previsto para ser divulgado amanhã, a tradução do Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), que combina notas e fluxo escolar, é que as escolas estaduais estão reprovadas --ou seja, os alunos conhecem pouco de matemática e língua portuguesa, além de estarem com a idade defasada para série em que estão matriculados. É a primeira vez que esse indicador é divulgado.
Se planos de melhoria da educação funcionarem, apenas em 2030, as escolas estaduais chegarão ao nível existente hoje nos países desenvolvidos, que é 6 --apenas dois colégios paulistas, entre mais de três mil, conseguiram atingir esse patamar.
A secretária da Educação, Maria Helena Guimarães, reconhece os problemas de qualidade de ensino, comentando que, pela primeira vez, o sistema consegue chegar a um "grau tão alto de transparência" --a idéia é, além das medidas já anunciadas anteriormente (recuperação, unificação dos currículos, bônus por desempenho), desenvolver um plano especial para as unidades com pior desempenho, usando, por exemplo, professores tutores em sala de aula para ajudar os demais professores.
A melhor escola no ensino médio está localizada em Santo André (Papa Paulo 6º), com nota 6,2; em segundo lugar, Batista Dolci (5,39), de Dolcenópolis; em terceiro, Corifeu Azevedo Marques (4,8), de Aparecida do Oeste.
Nenhuma escola da cidade de São Paulo conseguiu atingir a nota 5. As cinco melhores são, pela ordem, Raul Fonseca, Escola de Aplicação da USP, Rui Bloem, Carlos Maximiliano e Alves Cruz.
Um dos fatos que chamam a atenção da secretária é a disparidade entre as escolas. Apesar dos salários serem iguais e de as condições econômicas serem semelhantes, alguma delas apresentam ótimos resultados, comparáveis ao de países ricos. Ela disse que pretende detalhar mais o funcionamento dessas escolas para que se revelem mecanismos de melhoria da educação. Um dos fatores é o engajamento do corpo docente (professor e diretor), além da participação dos pais e da comunidade. - Gilberto Dimenstein, da Folha Online

Corinthians bate São Caetano e completa a festa

Mais de 21 mil torcedores corinthianos lotaram o estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto-SP, e fizeram o Timão sentir-se em casa diante do São Caetano na partida de volta das quartas-de-final da Copa do Brasil. Depois de vencer o jogo de ida por 2 a 1, o Corinthians voltou a vencer o Azulão, desta vez por 3 a 1, e garantiu a classificação. Chicão, André Santos e Acosta marcaram os gols alvinegros. Agora o Timão espera o vencedor do confronto entre Botafogo e Atlético-MG, que jogam amanhã, no Rio de Janeiro. Na primeira partida, no Mineirão, empate em 0 a 0.

Manchetes do dia

- Jornal do Brasil: Rio ganha ministério
- Folha de S. Paulo: Sem apoio de Lula, Marina se demite
- Estadão: Desgastada, Marina Silva renuncia
- O Globo: Desautorizada por Lula, Marina deixa ministério.
- Gazeta Mercantil: Fundo tentará ajudar dólar e evitar inflação
- Correio Brasiliense: Saturado, Sudoeste terá novas quadras
- Valor Econômico: Marina perde espaço no governo e se demite
- Estado de Minas: BHTrans lesa motorista no estacionamento faixa azul
- Jornal do Commercio: Estado reforçará PM e delegacias

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Corinthians estréia na Série B com vitória

10/05/2008, reabertura do Pacaembu e estréia do Timão na Série B não poderia dar outra coisa: casa cheia. E os quase 35 mil corinthianos que lotaram o Pacaembu não se decepcionaram com o alvinegro do Parque São Jorge que, de virada, bateu o CRB por 3 a 2. Os visitantes deram um susto na Fiel logo a 1min, quando Márcio, em posição de impedimento, aproveitou cobrança de falta da direita e desviou de cabeça para abrir o placar. Só que o susto passou no minuto seguinte... Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para William, que cruzou na medida para o argentino Herrera cabecear para as redes e empatar a partida. Melhor em campo, o Timão pressionava e criava boas chances de marcar, mas o segundo gol só saiu aos 27min. Lulinha cobrou falta da esquerda e Chicão apareceu livre no segundo pau para marcar de pé direito. No começo da segunda etapa, o CRB esboçou uma reação, mas o Timão logo reassumiu o controle da partida. Aos 25min, veio o golpe de misericórdia. Em cobrança de falta da direita, André Santos colocou com perfeição na cabeça de Herrera, que não perdoou – 3 a 1 Corinthians. Perto do fim do jogo, aos 42min, Hélder ainda descontou para o CRB, mas não conseguiu impedir a festa da Fiel no Pacaembu.

" Ícone moral": O perfil de um DEMocrata

. O senador Agripino Maia, do DEM-RN, vai entrar para a história como o homem que lançou a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República – e, quem sabe, será o responsável pela eleição dela ?
. O senador Maia tem uma biografia política polêmica.
. Por exemplo: recomenda-se não usar as seguintes expressões quando se participar de um encontro social com o senador: “rabo de palha”, “Ganhe Já”, “Dumbo Publicidade”, “A Voz do Seridó” e “Rádio Curimatau de Nova Cruz”.
. Com a autorização da “Caros Amigos”, reproduzimos aqui trechos da reportagem de Léo Arcoverde e Raquel de Souza, publicada na edição de abril da revista.
. Começa assim: “Os rabos de palha de um filhote da ditadura – o senador Agripino Maia é apresentado pela mídia grande como um ícone da moral, sempre entrevistado para denunciar as mazelas do Governo Lula e pontificar sobre ética política. Seu passado, porém, não abona.”

Leia alguns trechos da reportagem da Caros Amigos:

Ajuda dos milicos: o voto camarão
Voto vinculado, invenção da ditadura, que o povo apelidou de voto camarão: o eleitor só podia votar em candidatos de um mesmo partido, sob pena de anular o voto. Era o que José Agripino precisava nas eleições de 1982 para governador. Nem mesmo a popularidade de Aluízio Alves conseguiu vencer a estrututra montada em torno do jovem prefeito. Coordenador da campanha de Aluízio, o jornalista Ticiano Duarte detalha o que pesou a favor do adversário:
- José Agripino foi beneficiado pelo voto camarão. O PDS tinha tudo, estrutura maior, poder, dinheiro. Eram quatro deputados do nosso lado contra vinte e tantos do outro; eram seis, oito prefeitos contra noventa. Cem vereadores contra quinhentos. Aluízio venceu em Natal por cem votos, mas perdeu feio no interior.
José Agripino Maia toma posse em 15 de março de 1983 e, dali a dois anos, será flagrado numa reunião com auxiliares e 120 prefeitos, acertando o que constituiria a maior fraude eleitoral da história do Rio Grande do Norte.
Dessa vez, José Agripino queria eleger prefeita de Natal sua secretaria de Promoção Social, Wilma Maia, em 1985. Tinham como adversário o deputado estadual Garibaldi Alves Filho (PMDB), sobrinho de Aluízio e hoje presidente do Senado. O plano foi todo armado em quatro reuniões, no Centro de Convenções, Zona Sul de Natal.
José Agripino simplesmente instruiu os prefeitos a comprar títulos eleitorais, distribuir presentes, incentivar tumultos nos processos de votação e apuração e, ainda, usa veículos oficiais com placas frias para transportar eleitores do interior para a capital. O caso ficou conhecido como Escândalo Rabo-de-Palha, rótulo fornecido pelo próprio José Agripino, que ao final de uma reunião pediu:
- Não podemos deixar rabo-de-palha.
Caros Amigos reproduz aqui parte da conversa. Laudo do Instituto Nacional de Criminalística, da Polícia Federal, diz que a voz é do governador.
José Agripino -Os pobres estão indecisos. É em cima desse povo que você tem que atuar. Com uma feirazinha, com um enxoval, com umas coisinhas.
Iberê Ferreira de Souza (secretário) - O povo mais pobre que não se compromete, troca o voto por qualquer coisa. Botar o milhp no bolso, porque sem milho não funciona.
Álvaro Alberto (financiador) - O meu jogo é aberto. Se é preciso comprar os títulos, vamos comprar. Te que gastar dinheiro, tem que chegar com o dinheiro.
O conceito de democracia de Agripino é peculiar, não é adequado a verbete de dicionário, serve apenas a ele e seus apaniguados:
- Vamos indicar ma área para vocês trabalharem e inclusive nas áreas modestas, de eleitores indecisos que são sensíveis a uma conversa e a uma negociação, que será feita por nós ou por eles. Democracia é isto!
O conceito de terrorista também:
- E aí eu quero fazer um lembrete: importante não é a quantidade de pessoal, é a qualidade das pessoas, porque, se a gente traz uma mocinha, como eu vi na eleição de 82, mocinhas inexperientes, elas ocupam uma função, não dão conta do recado e perdem fácil para o comunista, o terrorista, que vai se impor, intimidar e ganhar no grito.
(...)
Lourismo: uma questão de bom gosto racial
Em 2006, o jornalista e escritor Orlando Rangel Rodrigues, o Caboré, lançou Rabo-de-Palha: o Jabá de Jajá. Caboré é um tipo atuante, opositor da ditadura militar e crítico feroz das oligarquias. Ganhou notoriedade no Seridó nos anos 60 e 70 ao denunciar, na Rádio Rural, crimes de pistolagem. Seu livro narar o Escândalo Rabo-de-Palha de maneira engraçadíssima e traz mais curiosidades sobre José Agripino. Uma delas é o "lourismo". Define o autor na página 89:
"... era uma fauna que definia os mortais de puro sangue do governo José Agripino. (...) criaram a República de Jacumã, praia do litoral norte potiguar. Belas mansões que abrigavam, em veraneios, somente pessoas estritamente do convívio palaciano: uma elite de políticos de grandes currais eleitorais e empresários bons de nota".
Segundo Caboré, o lourismo não aceita, por exemplo, Lula na preseidência da República. Peço para ele comentar estas declarações do agropecuarista José Bezerra de Araújo Júnior, suplente de José Agripino, em entrevista para a Tribuna do Norte:
"Collor foi o governo menos corrupto que o país já teve" e "Eu acho que o Lula é um populista analfabeto. Discrimino mesmo: é analfabeto!"
- Taí um exemplo do que faz o lourismo. Nunca quiseram ver Lula presidente. São contra metalúrgico, contra nero, contra pobre, contra analfabeto. Acham que não têm direito a nada. Convivo com muita gente do ourismo. Já ouvi vários afirmarem ser contra Barack Obama. Tem algum motivo dessa casta, dessa elite ser contra Barack Obama a não ser pelo fato de ele ser negro. Hein?
Com a corda toda
De volta ao governo em março de 1991 - após derrotar o primo e ex-aliado Lavoisier -, José Agripino deixa o cargo em abril de 1994 para concorrer mais uma vez ao Senado. Volta a Brasília sem que um escândalo de arrecadação de seu governo seja esclarecido. O Ganhe Já consistia numa loteria em que o cidadão trocava notas fiscais por cupons que lhe davam o diereito de concorrer a prêmios - geladeira, bicicleta, mochila. Transcrevo a manchete e o começo de uma reportagem do JN, Jornal de Natal, de 21 de novembro de 1994:
"A Falência do Ganhe Já e o Arrocho Fiscal. A campanha do Ganhe Já, denunciada sistematicamente por este jornal como uma farsa, que vendia uma falsa realidade do Rio Grande do Norte (tendo inclusive motivado a decisão do JN a não publicar quqlaquer anúncio da campanha), faliu sem jamais ter alcançado seu objetivo, aumentar a arrecadação do Estado. Foi apenas um sangradouro de dinheiro que financiou a Dumbo Publicidade e fornecedores e levou o Erário a esvaziar-se a ponto de o Estado não ter dinheiro em caixa sequer para o pagamento da folha do funcionalismo."
O semanário JN vendia 7.500 exemplares (nada mal para uma cidade do tamanho de Natal). A reportagem a seguir ilustra bem o que estava por atrás do Ganhe Já:
"O empobrecimento do Estado, que tem hoje uma legião de 1 milhão de flagelados (...), se deu na exata medida do enriquecimento de 'amigos do peito' do governador, com destaque para os proprietários da Dumbo Publicidade, responsável pela farsa do Ganhe Já, que manteve quase toda a imprensa amordaçada durante os quatro anos de governo pefelista."
A Dumbo Publicidade não tocava o dito programa de arrecadação com zelo, como mostra o JN de 28 de novembro de 1994:
"Como tudo que cercou o Ganhe Já antes de sua falência total, a participação da empresa Informe Prestação de Serviços Ltda., terceirizada pela Dumbo Publicidade para executar a campanha, também é um mistério. E dos mais nebulosos. Contratada sem licitação, depois que o então secretário de Fazenda Manoel Pereira anulou inexplicavelmente a concorrência que havia sido aberta justamente para se escolher a firma que iria trabalhar no Ganhe Já, a Informe viveu sempre nas sombras."
José Agripino nunca processou o JN pelas denúncias.
(...)
Apuração
Estive em Natal na segunda metade de fevereiro passado. Durante uma semana consegui entrevistar apenas três pessoas (e todas sem se identificar) sobre o Rabo-de-Palha e o Ganhe Já. Ninguém quer tocar no assunto. Fácil explicar: a família de José Agripino, líder do DEM (ex-PFL) no Senado, controla cinco rádios e uma emissora de televisão, a TV Tropical (afiliada da Record); Iberê Ferreira de Souza, seu ex-secretário, é vice-governador e secretário de Recursos Hídricos, auxiliar justamente da governadora Wilma de Faria, ex-mulher de Lavoisier Maia e secretária de Promoção Social de José Agripino que, caso vencesse Garibladi Filho no pleito de 1985, se tornaria a maior beneficiária do Rabo-de-Palha.
Tem mais, muito mais: Álvaro Alberto, financiador de campanha envolvido no esquema, é um sujeito muito rico. Foi dono da falida Associação de Poupança e Empréstimo do Rio Grande do Norte (Apern), hoje preside a Companhia Hipotecária Brasileira (CHB), empresa de obtenção de crédito com atuação em todo o país. O próprio resultado da eleição de 1985 ajudou o caso a cair em esquecimento: Garibaldi Filho, hoje presidente do Senado, venceu o pleito, ajudado pela exposição doe scândalo pouco antes da eleição. Ou seja: ganhou a eleição, para que contestar o resultado? Outra ironia: Garibladi Filho e José Agripino hoje estão aliados, Costumam cumprir agenda, percorrendo juntos o Estado.
O Rabo-de-Palha é tabu em Natal, cidade onde nasci e cresci ouvindo em casa, na escola, na rua a história das "feirinhas do Centro de Convenção" de que falava Agripino. O mesmo acontece com o Ganhe Já. Como todo lugar em que as oligarquias dominam a política e contorlam os veículos de informação, ese tipo de assunto fica restrito à casa dos envolvidos. O que faz sentido: não existe lugar mais apropriado para lavar a roupa suja.
TAL PAI
Cinqüenta e cinco deputados federais (10,7 por cento da casa) detêm concessões de radiodifusão. O Rio Grande do Norte encabeça o rol de maiores detentores: metade da sua bancada.
O deputado potihuar Felipe Maia (DEM), 34 anos, filho de José Agripino e neto do velho Tarcísio, possui cotas nas rádios A Voz do Seridó e Rádio Curimatau de Nova Cruz. Chama atenção o valor das cotas: 32 reais. A declaração de bens do parlamentar em 2006 mostra que sua participação na Rádio Curimatau é de apenas 10 reais; na outra, investiu mais alto: 22 reais.
A maior parte de seus quase 4 milhões de reais declarados está numa de suas oito contas do Fundo de Investimentos Sudameris. Felipe tem apartamentos em bairro chique, empresa de revenda de motos, contas em fundos de investimentos. E ainda a Comav, que, mediante concessão pública, transporta o combustível que abastece aeronaves no aeroporto de Parnamirim (Grande Natal).
Felipe Maia tem participação, também, na emissora de televisão do pai, a TV Tropical (afiliada da Record), com 2.000 reais de cotas. O artigo 54 da Constituição diz que deputados e senadores não podem ter participação no tipo de empresa em que Felipe Maia atua: concessionárias da administração pública. E na Câmara dos Deputados ele é suplente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar... - Paulo Henrique Amorim, Conversa Afiada.

"Sem racismo": Negros ocupam 3,5% dos cargos de chefia

É o que constatou pesquisa do Ibope e do Instituto Ethos, em pesquisa nas maiores empresas do país. Os negros são 49,5% da populaçã (ou 94.000.000,00 de pessoas).

Consumo do Nordeste passa o do Sul e já é 2º do país

A Região Nordeste, sempre relegada à condição de uma das áreas mais pobres do Brasil, registra atualmente o maior avanço do país quando o assunto é consumir. Embalados pelo crescimento econômico do governo Lula, os consumidores nordestinos foram às compras e desbancaram a Região Sul, que sempre ocupou a segunda posição no ranking nacional de consumo. O volume de compras dos nordestinos pulou de R$ 252,902 bilhões, no ano passado, para R$ 317,272 bilhões, este ano, uma alta de 25,42%. No mesmo período, o aumento de consumo na Região Sul foi de 15,26%, enquanto o Sudeste registrou 12,56%.
Esses resultados fazem parte de pesquisa inédita da consultoria paulista Target, que mediu o gasto em todos os municípios do Brasil usando o Índice de Potencial de Consumo (IPC). O indicador estima tudo que pode ser despendido pelos consumidores anualmente em cada região.

Em termos absolutos, a liderança continua com o Sudeste: R$ 902,908 bilhões em compras. O Sul tem potencial de R$ 291,892 bilhões, contra os R$ 253,254 bilhões do ano passado.

O Brasil vive uma redistribuição do consumo alimentada pelo avanço do nível de emprego, pela melhora da renda familiar e pelos programas sociais do governo do presidente Lula, analisa Marcos Pazzini, da Target. Todas as regiões do país registraram crescimento, mas o destaque ficou mesmo por conta do Nordeste, que vem se desenvolvendo acima da média nacional.

Da Bahia ao Maranhão — onde há o maior consumo de roupas e cosméticos — foi registrada a abertura do maior número de lojas varejistas nos dois últimos anos: 5.600.— Historicamente, o Nordeste nunca teve classe média. Só que esse cenário está mudando. Com mais emprego, as pessoas mais pobres passaram a fazer parte da classe média.

Houve aumento no número de ricos na região. Hoje, os nordestinos não consomem apenas itens de primeira necessidade — explica Pazzini. - O Globo, hoje.

Tática radical do DEM começa a assustar o PSDB

Apesar de PSDB e DEM sustentarem uma parceria na oposição ao governo Lula, a luz amarela acendeu nas hostes tucanas depois da intervenção do líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), durante o depoimento da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) na Comissão de Infra-Estrutura da Casa, na quarta-feira. Os tucanos viram ali um sinal claro de que o DEM tende a radicalizar o enfrentamento com o governo, o que faria do aliado um “franco atirador” com “vocação de partido nanico”.
No Senado, Agripino lembrou que Dilma contara ter mentido, sob tortura, durante a ditadura militar e tentou fazer um paralelo com suas declarações sobre o dossiê dos gastos do ex-presidente FHC. Ela retrucou que se orgulhava de ter mentido naquelas circunstâncias para não provocar a morte de companheiros. E disse que não era possível comparar a ditadura com a democracia.

Um deputado tucano que naquela noite pegou carona de volta para casa com o líder na Câmara, José Aníbal (SP) testemunhou um desabafo dele à ministra. “Fazer referência à tortura e tentar criar similitude é incabível”, disse Aníbal. Quando Dilma atendeu, ele foi direto ao ponto: “Estou telefonando para deixar o meu abraço solidário e dizer que achei que a senhora teve uma postura muito firme no depoimento.” Ao desligar, justificou-se ao carona: “Somos amigos. Sei o que ela passou quando estava na clandestinidade.”

No mesmo tom indignado de Aníbal, um senador da direção do PSDB avalia que, nestes termos, a aliança com o DEM não terá viabilidade e não levará a lugar algum. Setores do tucanato acham que o DEM monta uma agenda incompatível com o projeto de poder em torno dos governadores José Serra (SP) ou Aécio Neves (MG). Os presidenciáveis tucanos, cada um a seu jeito, recusam-se a atacar o presidente e preferem contornar sua popularidade falando no pós-Lula.

Enquanto líderes do DEM sustentam que não há diferença ideológica entre os dois partidos, tucanos insistem nas diferenças e revelam cansaço com a parceria. - O Estado de S. Paulo, hoje.

Manchetes do dia

- Jornal do Brasil: País paga caro por alcoolismo
- Folha de S. Paulo: Universidade privada não respeita lei de pesquisa
- Estadão: Política industrial apóia exportação de software
- O Globo: Consumo do Nordeste passa o do Sul e já é 2º do país
- Correio Brasiliense: Bancos reduzem oferta de crédito consignado
- Valor Econômico: BC perdeu US$ 4 bi com a queda de títulos dos EUA