Ao ser anunciado como dono da marca mais valiosa do mundo, segundo a pesquisa da Millward Brown divulgada esta semana, o Google conseguiu a proeza de quebrar dois paradigmas de uma única vez. Primeiro por desbancar a detentora daquele que era até então o mais poderoso nome do mercado de tecnologia - a Microsoft, criada há cerca de 30 anos, ocupava a primeira posição no ranking anterior.O Google, com menos de dez anos de existência, foi avaliado em US$ 66,4 bilhões, bem acima dos US$ 54,9 bilhões da Microsoft, que caiu para o terceiro lugar. Além disso, mesmo no setor de tecnologia, em que grandes competidores como IBM, Intel e a própria Microsoft mantêm tímidos investimentos em mídia, o Google, cuja receita está baseada na venda de anúncios, obteve a façanha de se tornar a marca número um sem injetar um centavo em propaganda.No Brasil, onde apenas 25,5% da população com mais de 16 anos têm acesso à internet, segundo o Ibope NetRatings, o Google também é o site de busca de informações com maior número de usuários. Supera concorrentes como Yahoo! e MSN, da Microsoft."Eles (Google) desfrutam da melhor propaganda que existe: o boca-a-boca", diz Ruy Lindenberg, vice-presidente de criação da agência Leo Burnett, que atende as contas de dois grandes fornecedores de tecnologia para o mercado corporativo, Oracle e Sun. A geração que elevou o Google à condição do site de busca mais acessado do mundo tem um comportamento peculiar e, sem dúvida, muito mais desafiador para o trabalho da propaganda. Ao mesmo tempo em que há uma dificuldade maior de conquistar fidelização às marcas, os consumidores dão mais peso ao que se experimenta e funciona com o maior número de pessoas, daí a importância da comunicação boca-a-boca. Valor Econômico - 27/4/2007
sexta-feira, 27 de abril de 2007
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