A decisão do Tribunal Superior Eleitoral de negar por unanimidade procedência à ação de crime eleitoral contra o PT e a campanha do presidente Lula enterra definitivamente o caso do dossiê antitucano que criou tanta polêmica, provocou o segundo turno da eleição presidencial e tornou notório o grupo dos “aloprados” do PT.Fica o dito pelo não dito e a responsabilidade não é do TSE. Com os dados de que dispunha, o tribunal não poderia ter decidido de outra forma. Sem provas de que o dinheiro encontrado com petistas em um hotel em São Paulo pertencia ao PT, não havia como estabelecer nexo entre o flagrante e a campanha eleitoral.O papel fundamental para o fim de mais uma história sem punições foi da Polícia Federal, que investigou, mas encerrou o caso sem esclarecer a famosa e tão cobrada origem do dinheiro. No máximo, aliou-se à tentativa de desmoralizar o delegado que cumpriu - contrariamente às ordens do Ministério da Justiça - a praxe de divulgar as fotos das notas apreendidas.Essa mesma Polícia Federal que, ao ter seu acordo salarial firmado no ano passado solenemente ignorado, agora reclama pelos cantos que se sente usada pelo governo porque deu tudo de si pela reeleição do presidente Lula e, na hora da recompensa, ficou no ora-veja.
Dora Kramer - O Estado de S.Paulo - 26/04/2007
quinta-feira, 26 de abril de 2007
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