terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Lula se reúne com Mantega e Meirelles e reforça tranqüilidade, com “os olhos bem abertos”

O pandemônio dos mercados pega o Brasil na data da primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), para definição da taxa básica de juro (Selic), hoje em 11,25%, ao ano. Antes da derrubada generalizada dos negócios, o mercado financeiro, segundo pesquisa realizada pelo BC, e divulgada ontem, não se esperava corte ou aumento dos juros. Agora, já se fala em aumento dos juros, mas para 2009, e que os técnicos do BC podem adotar o chamado viés de alta, que permite ao BC elevar os juros a qualquer momento. A reversão das expectativas também anulou outra tese firmada por organismos como o FMI de que os países emergentes não seriam atingidos pela queda na atividade da economia dos EUA. Até o momento, os números derrubam a tese, embora em vários países emergentes, como o Brasil, os estragos devem ser muito menores do que outras crises que sacudiram os mercados financeiros globais nos últimos vinte anos. A aparente imunidade brasileira foi tema da reunião de ontem pela manhã entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do BC, Henrique Meirelles. O governo brasileiro, segundo palavras de Lula, está tranqüilo diante da crise, mas com “os dois olhos bem abertos”. “Por enquanto”, enfatizou, “estamos certos de que essa crise talvez seja alguma frustração pelo anúncio do pacote que não contentou nem os americanos”. DeFato, hoje.

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